Hoje não foi comida caseira. Foi dia de ir ao restaurante. Tudo ligeiro. 👍
30 de abril de 2024
Dia das "maias"
Manda a tradição que hoje se vá colher um ramo de maias ao monte ou à berma do caminho para a colocar nas portas ou janelas de casa, antes da meia-noite, para afastar o carrapato – que representa o mal em geral.
El rojo sol de un sueño (poesia)
EL ROJO SOL DE UN SUEÑO EN EL ORIENTE ASOMA
El rojo sol de un sueño en el Oriente asoma.
Luz en sueños. ¿No tiemblas, andante peregrino?
Pasado el llano verde, en la florida loma,
acaso está el cercano final de tu camino.
Tú no verás del trigo la espiga sazonada
y de macizas pomas cargado el manzanar,
ni de la vid rugosa la uva aurirrosada
ha de exprimir su alegre licor en tu lagar.
Cuando el primer aroma exhalen los jazmines
y cuando más palpiten las rosas del amor,
una mañana de oro que alumbre los jardines,
¿no huirá, como una nube dispersa, el sueño en flor?
Campo recién florido y verde, ¡quién pudiera soñar aún
largo tiempo en esas pequeñitas
corolas azuladas que manchan la pradera,
y en esas diminutas primeras margaritas.
Antonio Machado
Imagens de lá de longe
Parecem vir do fundo dos tempos da minha memória. Mas eu vi, sem dúvida, igual ou parecido a tudo isto.
Saudade (José Luis Peixoto)
Arrependi-me sempre das palavras
Nunca me tinha apaixonado verdadeiramente. A partir dos dezasseis anos, conheci muitas mulheres, senti algo por todas. Quando lhes lia no rosto um olhar diferente, demorado, deixava-me impressionar e, durante algumas semanas, achava que estava apaixonado e que as amava. Mas depois, o tempo. Sempre o tempo como uma brisa. Uma aragem suave, mas definitiva, a empurrar-me os sentimentos, a deixá-los lá ao fundo e a mostrar-me na distância que eram pequenos, muito pequenos e sem valor. E sempre só a solidão. Sempre. Eu sozinho, a viver. Sozinho, a ver coisas que não iriam repetir-se; sozinho, a ver a vida gastar-se na erosão da minha memória. Sozinho, com pena de mim próprio, ridículo, mas a sofrer mesmo. Nunca me tinha apaixonado verdadeiramente. Muitas vezes disse amo-te, mas arrependi-me sempre. Arrependi-me sempre das palavras.
José Luís Peixoto, in 'Uma Casa na Escuridão'
Opiniões
No Observador
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Acabou o "estado de graça" para Marcelo, esfumado em selfies; acabou para Lucília Gago e Ivo Rosa; nem sequer tocou em Montenegro; e ameaça não ungir Costa.
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29 de abril de 2024
Poeta Andaluz
Arde en tus ojos un misterio, virgen
esquiva y compañera.
No sé si es odio o es amor la lumbre
inagotable de tu aliaba negra.
Conmigo irás mientras proyecte sombra
mi cuerpo y quede a mi sandalia arena.
-¿Eres la sed o el agua en mi camino?-
Dime, virgen esquiva y compañera.
Antonio Machado (nasceu em Sevilha)
Da Academia Brasileira de Letras
Lygia Fagundes Telles foi eleita para a ABL em 24 de outubro de 1985. Em 12 de maio de 1987, ela tomou posse da cadeira de número 16.
Cutileiro, escultor e mais
Opiniões
No Observador
És culpado! Tu e todos os teus!
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Apenas com o perdão podemos criar uma nova memória do que aconteceu, uma mais aceitável e que nos permita olhar o futuro de outra maneira, diluindo ressentimentos e sentimentos de culpa.
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Mão de Fátima
Além de ser um amuleto contra energias negativas, ela tornou-se um lembrete tangível da necessidade de equilíbrio, harmonia e coexistência no cenário global.
O olho grego simboliza a sorte, a energia positiva, a limpeza, a saúde, a luz, a paz, a proteção, bem como o olhar divino que protege as pessoas contra os males.
Também chamado de olho turco, olho místico e olho azul, o Nazar Bancugu - do árabe Nazar, que significa "olhar", e Bancugu, que significa "conta de rosário".
28 de abril de 2024
Tanto Fernando Pessoa
Uma vez amei, julguei que me amariam,
Mas não fui amado.
Não fui amado pela única grande razão —
Porque não tinha que ser.
Consolei-me voltando ao sol e à chuva,
E sentando-me outra vez à porta de casa.
Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados
Como para os que o não são.
Sentir é estar distraído.
Alberto Caeiro
Mestre Cargaleiro
O artista português Manuel Cargaleiro (n. 1927) criou uma linguagem marcante no mundo artístico pela combinação da cerâmica e da pintura, através de jogos entre cor, luz e sombra. As suas obras são fortemente caracterizadas pelo recurso à geometria e à linguagem abstrata, tendencialmente não-figurativa. As pinceladas espontâneas e dinâmicas com cores vibrantes, sobrepõem-se à forma, reduzindo a formalidade que caracteriza os elementos geométricos.
Aqui ... ver mais
Manuel da Fonseca - Outro grande das letras
Pioneiro da poesia neorrealista, Manuel da Fonseca foi sempre um extraordinário contador de histórias, qualidade que melhor se expressou na escrita de contos, romances e crónicas, convertendo-se rapidamente numa das figuras maiores da literatura portuguesa do século XX.
O seu primeiro livro, Rosa dos Ventos (1940), foi considerado pela crítica um exemplo de renovação poética no panorama das letras portuguesas. Essa essência lírica e sensível intrínseca à sua obra, da poesia à ficção, não nega, porém, as bases realistas, muitas vezes dramáticas, onde alicerça o seu olhar crítico e observador.
Marlon Brando, enorme
Marlon Brando: cem anos de solidão
Se fosse vivo, teria chegado ao centenário este mês, mas dificilmente teria sido quem foi: excessivo, danificado, genial, apaixonado, polémico, demasiado humano. E talvez: o melhor actor de sempre?
Parecia sempre vir de outro lado qualquer, de um lugar muito longe do filme, do registo dos outros actores, do tom de tudo. Um extraterrestre, um corpo estranho, uma voz murmurada, mastigada, que, frequentemente, mal se percebia. Depois, de repente, tinha tomado conta de tudo. Dos nossos olhos e dos nossos ouvidos. O filme era ele. Filme após filme, após filme.
Alexandre Borges
Observador
Opiniões
No Observador
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Celebrar o 25 de Abril deve ser transmitir aos mais novos a memória do passado, de tudo o que oprimia os portugueses e que fez com que houvesse uma explosão de alegria e a imediata adesão à liberdade.
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