23 de março de 2025
Vila do Conde
Um poema
Hace cuarenta años, todas las horas les pertenecían.
Lo que veían cuando se miraban
era la raíz del mundo.
Siempre intuyeron
que no necesitaban nada más
dos cuerpos desiguales frente a una misma incógnita
las manos enlazadas
compartiendo presente, sueños y agua.
Hoy se encuentran de nuevo. Al fondo de sus ojos
han vuelto a vislumbrar aquel solaz
cuando todo era suyo
cuando ambos eran todo.
Las despedidas nadie las decide
los que saben las llaman ley de vida.
La abuela octogenaria y el corpulento nieto
se abrazan en la tarde.
Te quiero, se susurran.
Hay amores sagrados que no terminan nunca
aunque estén condenados a ser breves
aunque pertenezcan a tiempos distintos.
Aunque sean imposibles.
Raquel Lanseros
Opiniões
No Observador
|
| ||||||||
Num país que dá sinais de fadiga dos protagonistas que exercem tarefas políticas e da forma como o fazem, Gouveia e Melo nunca ter estado desse lado representa ouro eleitoral na corrida presidencial. | |||||||||
|
| ||||||||
Despertar de um sonho bom é uma chatice. Mas não podemos deixar de sorrir perante a ironia que é o quem armou toda esta confusão e se julga um super-homem, acabar por ser o mais crédulo de nós todos. | |||||||||
|
| ||||||||
Ser de um clube é, para mim, a adesão passiva e possível a uma religião que não se pratica realmente. Já ser benfiquista ou sportinguista significa ser praticante. |
22 de março de 2025
Escritora premiada
PARABÉNS
A escritora portuguesa Lídia Jorge foi distinguida na terça-feira com a insígnia de Comendador das Artes e das Letras, a mais alta distinção cultural atribuída pelo Ministério da Cultura francês.
Abre hoje um museu
MACAM, o museu para uma colecção privada que terá um hotel a pagar-lhe as contas.
Na coleção Armando Martins estão obras de artistas portugueses de renome como Paula Rego, Maria Helena Vieira da Silva, José Malhoa, Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros, Eduardo Viana, Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, Rui Chafes, José Pedro Croft, Lourdes Castro, entre outros.
Opiniões
No Observador
|
| ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Camilo escreveu muitíssimo mais que Eça; não tinha tempo de corrigir os originais, trabalhava como “um remador de Ben-Hur”, qual escravo dos editores amarrado à produção em massa para ganhar a vida.
|
21 de março de 2025
Depoimento
👇👇👇
***
Em Gaza morreram mais jornalistas do que em qualquer outra guerra da história moderna. Alguns eram meus camaradas, meus amigos, gente que carregava câmaras em vez de armas, gente que escrevia em vez de disparar. Foram assassinados porque Israel sabia que a verdade é perigosa.
***
&&&&&&&
***
Netanyahu recomeçou a guerra em nome da sua sobrevivência política - precisa de todos os votos dos seus aliados de extrema-direita para fazer aprovar, até ao fim deste mês, o Orçamento do Estado, para evitar eleições antecipadas.
Embora o primeiro-ministro as ignore, pesquisas sucessivas mostram que os israelitas são amplamente a favor de um cessar-fogo em Gaza, e as manifestações contra Netanyahu multiplicam-se. Um desses protestos de grande escala, ocorrido logo na terça-feira, foi liderado por um grupo de reféns libertados, incluindo Sasha Troufanov, Yarden Bibas, Iair Horn e Keith Siegel. “Havia um acordo que me trouxe a casa, e era suposto começar uma segunda fase”, disse Troufanov. “O que aconteceu à fase dois? Porque os estamos a abandonar? Os reféns não são só posters, são pessoas, e o seu tempo está a acabar.”
Ontem, o Presidente israelita, Isaac Herzog, deu alta voz aos opositores de Netanyahu, numa declaração em vídeo. Manifestou-se “profundamente perturbado” com o recomeço dos ataques na Faixa de Gaza e as consequências que podem ter quanto ao regresso dos reféns ali mantidos pelo Hamas, desafiando o primeiro-ministro, embora sem mencionar o seu nome. Nem precisava. “É impossível não ficar profundamente perturbado com a dura realidade que se desenrola perante os nossos olhos”, afirmou Herzog.
***
Visão do Dia 👆👆👆
Adolescence
Por felicidade, há umas semanas elogiei aqui as séries europeias, defendendo que há um pathos que as americanas só muito raramente contêm. Confirma-se a ideia com “Adolescence”, quatro episódios de uma produção chegada a Netflix há cerca de uma semana e de que meio mundo está a falar, em especial jornalistas e líderes de opinião, impressionados que estão com os magníficos atores e as proezas técnicas entretanto escalpelizadas, analisadas e sempre elogiadas.
Dá a ideia de que subitamente todos nos tornámos mestrandos nas áreas técnicas do cinema e televisão, o que é sempre bom, porque saber não ocupa lugar. Em “Adolescence”, temos tanto estilo que se torna complicado chegar à substância.
***
&&&&&&