6 de julho de 2025

Coimbra dos amores






















"Coimbra é uma lição 
De sonho e tradição 
O lente é uma canção 
E a lua a Faculdade 
O livro é uma mulher 
Só passa quem souber 
E aprende-se a dizer saudade

Coimbra do Choupal 
Ainda és capital 
Do amor em Portugal, ainda

Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês 
tão linda

Coimbra das canções 
Tão meiga que nos pões 
Os nossos corações a nu 
Coimbra dos doutores 
Pra nós os teus cantores 
A fonte dos amores és tu"

José Galhardo / Raul Ferrão

Ovas de bacalhau



























 





Têm um defeito: são caras.

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Miguel Morgado

A crise do conservadorismo

Neste momento de crise despontam 

toda a espécie de bizarrias, como é 

próprio dos períodos em que o chão 

familiar some-se debaixo 

dos nossos pés. Não devemos subestimar 

os seus perigos.

Fotografia do Colunista
André Abrantes Amaral

Sem imigrantes resta-nos a pobreza

Há séculos que Portugal é um país pobre.

 A culpa da pobreza não foi das invasões

 francesas, do D. Carlos, do fim do império 

nem sequer dos imigrantes. Somos

 pobres porque aceitamos ser pobres.

Fotografia do Colunista
Tiago de Oliveira Cavaco

A tragédia do turista é a sua redenção

Já outros disseram que ser turista é 

um modo algo rasteiro mas moderno 

de querer ser um peregrino. Talvez 

a coisa mais real e redentora que o turista 

possa fazer é, no fim de contas, dar-se mal.

5 de julho de 2025

Aconselhamento





 

Começou o espectáculo

 TOUR DE FRANCE 2025

Como habitualmente, sigo pela televisão. 

Ciclismo é obra !




Sopa da pedra


 Sopa da pedra à esquerda e cabidela à direita. 
🤗

Opiniões

No Observador 
Fotografia do Colunista
Jaime Nogueira Pinto

Orgulho e preconceito

Para Andrew Sullivan, católico e 

homossexual, o problema do 

movimento LGBTQ+ é o facto de 

ter passado do clamor inicial por

igualdade e tolerância à “exigência 

de uma completa mudança social”.


Fotografia do Colunista
Miguel Pinheiro

A doce vingança da geringonça

Em 2022 os costistas devoraram o PCP e o BE 

para chegarem à maioria absoluta do PS. 

Agora, são o BE e PCP quem devora os 

costistas, que preferem anular-se a 

contribuir para dar fôlego e força 

a Seguro.


Fotografia do Colunista
João Távora

Para ilusão benigna, escolha-se uma realista

Não entendo a necessidade que se

proclama no espaço público de

que o chefe máximo da nação

participe e provenha do teatro 

de guerra dos interesses e das

pertenças sectárias.

4 de julho de 2025

Napoleão





 

RIP Luís

 

Trabalhou com Elton John, Frankie Goes to Hollywood, Grace Jones, entre outros. Andou em digressão com Tina Turner e George Michael.

RIP

Conceder a nacionalidade


 

Recorte de Imprensa


As alterações que o Governo propõe ao regime de reagrupamento de familiares dos imigrantes são uma ofensa à memória dos milhões de portugueses que tiveram de emigrar a partir da década de 60 do século passado. Mas esses, ao contrário dos que cá estão agora, ainda podiam, uma vez por ano, embarcar na bagnole e, a marchas forçadas de dois dias e por um custo acessível, estarem cá para rever os seus e matar saudades de tudo. O que o Governo agora propõe contraria as leis e recomendações internacionais, torna-nos desumanos aos olhos dos alvos indefesos desta política e é moralmente repugnante. Além de uma medida contraproducente em termos económicos e sociais: vai afectar a capacidade de trabalho de quem está privado da família próxima e dificultar ainda mais a sua integração no país dito de acolhimento. Luís Montenegro já mostrou medo dos sindicatos da função pública, medo de Trump, medo de Von der Leyen, medo de Netanyahu, só lhe faltava mostrar medo de André Ventura. Se isto é um líder...

Miguel Sousa Tavares 

EXPRESSO 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Rui Ramos

A decadência da esquerda explicada em espanhol

Sanchéz é a cabeça cínica de uma pequena 

clique de corruptos. Mas mesmo depois 

de todas as revelações, continua a ter o 

PSOE na mão, mais as restantes esquerdas 

e os nacionalismos periféricos.

Fotografia do Colunista
P. João Basto

Sobre uma morte a pés juntos

Choramos onde somos feridos. Diogo Jota 

e o irmão não eram apenas dois rapazes. 

Eram todos os filhos.

Recortes do EXPRESSO





 

3 de julho de 2025

Como se faz ?






















 Sardinhas assadas. 

Aforismos de Jordi Doce


Se le cayeron las escamas de los ojos, y eran palabras.

***

Una raza de acróbatas que por zancos llevara lápices.

***

Cuarenta días en el desierto. Allí la sombra es más densa, más dura. Basta una semana para empezar a tallarla.

***

A veces me tropiezo con palabras que han desertado y andan por los caminos, buscando el modo de volver a casa.

***

A Dios ya no le quedan manos para rascarse y aliviar el escozor de nuestras picaduras.

***

Esperaba, hacía cálculos, no terminaba de decidirse, hasta que un día se lo comió la polilla.

***

Encontró un tipo especial de tierra donde hasta sus uñas florecían.

***

Guardaba las cenizas de su padre en un reloj de arena.

***

Lo llama su corazón, pero es solo un sapo que no para de croar.

***

Allí, al envidioso lo condenan a incubar piedras.

***

Después de mucho esfuerzo, logró desprenderse de su nombre. A la luz, parecía la costra de una herida.

Capas de revistas




 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Alexandre Borges

O móvel é eterno enquanto dura

Tudo muda de tal forma e tão depressa que os

 “móveis” se tornaram das referências 

mais estáveis das nossas vidas.

Fotografia do Colunista
Filipe Carvalho

Os tuk-tuks e a tragédia lisboeta

Mas e nós? Nós assistimos, impotentes. 

Condenados à condição de figurantes 

numa cidade que já não nos pertence.

RIP Diogo e André


Diogo Jota, 28 anos, jogador de futebol do Liverpool.  Teve um fatal acidente de viação em Zamora.

Também um irmão, André Silva, 26 anos, terá falecido no mesmo acidente. 


RIP

*********

Diogo tinha casado há poucos dias.



2 de julho de 2025

Canción cinco (poema)

 


Por los puentes de Zamora,

sola y lenta, iba mi alma.


No por el puente de hierro,

el de piedra es el que amaba.


A ratos miraba al cielo,

a ratos miraba al agua.


Por los puentes de Zamora,

sola y lenta, iba mi alma.


Blas de Otero



Día de inventario (poema)



Es día de cierre: me quedo dentro.

El cartel en el escaparate:


Tarde de inventario.


Los cuchillos en la cocina,

los besos en las buenas noches.

Me encierro dentro hasta que las aguas

se separen de los cielos.

Mañana de inventario para olvidar todo,

contabilizar los extravíos, robos y mentiras

y recordar la certeza de que los fantasmas existen.

Lo que no existen son los vivos,

cuerpos entregados que se acuestan con sus amos,

violadas, adulados, compradas, abollados.

Es día de cierre porque todo se me queda dentro.

El mundo inhóspito, los vivos crueles:

sus cánticos, sus mataderos,

luz de gas como piedra de moler,

el recordar la certeza de que las amantes

sólo vienen si se las invoca

aunque no se recuerde ya las palabras ni las maneras,

porque después de ti, las iglesias suenan todas huecas

son sólo tablas, madera de crucificar santos.

***

CARLOS ZANÓN