E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
...
ResponderEliminarum belo soneto sem dúvida.
(um exercício exorcisante)
abraço-Te amiga
Bem verdade...
ResponderEliminarpor vezes num segundo, tantos anos...
dos mais belos que conheço.
ResponderEliminar(sabes que foi o meu post de encerramento do meu blogue anterior, O Vazio?)