4 de julho de 2023

Não se pode generalizar

No Observador 

O Presidente da Turquia considerou que o “passado colonial” e o “racismo institucional” em França estão na origem dos tumultos urbanos registados no país e manifestou receio que conduzam “a mais opressão dos muçulmanos e migrantes”.

Ao comparar a morte de centenas de migrantes no final de junho ao largo das costas gregas, e privados de socorro, ao mediatizado desaparecimento dos “cinco ricos que foram ver o Titanic e morreram”, Erdogan fustigou o que designou de “sinal da mentalidade colonial, arrogante, desumana, baseada na superioridade do homem branco”.

Vivendo num País com um passado colonial,  não vejo que nesta nossa sociedade haja essa mentalidade de superioridade baseada na cor de pele, ou sequer distinção de pessoas em função da sua religião. 

Talvez haja resquícios de colonialismo nas gerações mais antigas (que ainda viveram esse tempo e circunstância). 

Os estrangeiros ou pessoas de outras religiões são bem aceites, e de modo geral, integram-se bem entre nós.

Não diria o mesmo das comunidades ciganas que, sendo portugueses, têm mantido um modus vivendi distinto e são, sim, alvo de discriminação. Também não parecem muito motivados à plena integração. 

Plena integração seria, não renegando a sua cultura, cumprir as leis - por exemplo, da escolaridade obrigatória, do não casamento de menores e outras.

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