24 de agosto de 2023

Lição de História


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Desde então (1999), “as fronteiras da Nato foram-se aproximando de Moscovo” e, já depois da invasão da Ucrânia, a entrada na organização da Finlândia, país que aceitou perder parte do seu território para garantir a paz com a Rússia nos anos 40, veio duplicar esta linha de contacto para os 2.500 km. “Estamos a falar de uma aliança defensiva, mas na perceção de Moscovo é uma organização que obedece aos EUA, um inimigo. No prisma russo representa uma ameaça, em especial quando a fronteira com a Europa vai ficando sem Estados-tampão”, analisa o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Embaixador Martins da Cruz.

Os anos passam, o mundo muda, a Nato continua a ter candidatos à adesão - Ucrânia, Suécia, Bósnia Herzegovina e Geórgia. Longe dos tempos do Pacto de Varsóvia, enfrenta novos desafios geopolíticos e estratégicos, mas “está firme”, acredita o embaixador. E depende, como há 74 anos, dos EUA, um dos poucos países a contribuir com mais de 3% do PIB para a organização. Do lado europeu, apenas a Grécia e a Polónia apresentam percentagens de esforço financeiro superiores a 3% do PIB, o que talvez possa ser um barómetro da pressão sentida nas suas fronteiras. 

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“Precisamos da Nato. Para a nossa defesa e segurança (Portugal) é essencial uma aliança com o país que domina o Atlântico Norte. Já foi Inglaterra. Agora são os Estados Unidos”, afirma Martins da Cruz, certo de que “para a defesa nacional qualquer organismo servirá, mas os EUA terão de estar lá”.

Fonte: Expresso Curto 

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