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Marcelo, cuja posição sobre o conflito havia ironicamente sido apelar “ao silêncio”, vê-se afrontado pelo ruído que provocou. “Ganha-se mais com o silêncio do que com o falar publicamente”, disse na Bélgica, a 19 de outubro, numa referência indireta à visita da presidente da Comissão Europeia a Telavive, que não correu bem. Duas semanas mais tarde, é o próprio que escorrega numa matéria propícia à queda.
Apesar disso, o Presidente não se deixou ficar no chão por muito tempo. Com uma manifestação pró-palestiniana à porta de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se aos ativistas e procurou esclarecer que a posição portuguesa se sustenta em três pilares: condenação do terrorismo, defesa dos direitos humanos, existência de dois Estados.
“É o que todos pensamos”, soltou, diante de uma manifestação que pedia uma Palestina do Jordão ao Mediterrâneo, “do rio até ao mar”.
Que bom seria que pensássemos.
Sebastião Bugalho
EXPRESSO (Volta ao mundo em 8 dias)
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'«É pior a emenda que o soneto»'
É um ditado popular português (atribuído ao poeta Bocage).
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