30 de janeiro de 2024

Eu bebo, os brasileiros (d)escrevem


 










Caio Fernando sabia como se pede: “Um café e um amor. Quentes, por favor.” Clarice Lispector não curava a sua insónia, alimentava-a: com café. Levantava-se a meio da noite, ia à janela, apreciava o silêncio e a quietude da madrugada. Achava a insónia um dom. Gostava da solidão das horas quietas. À mão e por companhia, sempre o mesmo: “E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada.”



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