17 de novembro de 2024

Cavalo à solta (poesia)

 




Minha laranja amarga e doce, meu poema

Feito de gomos de saudade, minha pena

Pesada e leve

Secreta e pura

Minha passagem para o breve

Breve instante da loucura

Minha ousadia, meu galope, minha rédia

Meu potro doido, minha chama

Minha réstia de luz intensa, de voz aberta

Minha denúncia do que pensa

Do que sente a gente certa

Em ti respiro, em ti eu provo

Por ti consigo esta força que de novo

Em ti persigo, em ti percorro

Cavalo à solta pela margem do teu corpo

Minha alegria, minha amargura

Minha coragem de correr contra a ternura

***


José Carlos Ary dos Santos 

Sem comentários:

Enviar um comentário