27 de novembro de 2024

Opina Clara Ferreira Alves

 Recorte de Imprensa 



As comemorações do 25 de Novembro ganharam tonalidades patéticas, com personagens secundárias, a maior parte nem esteve lá ou tem memória pessoal do que aconteceu nesses dias cristalizados numa data, disputando a vitória da democracia contra a ditadura. A esquerda reclama que a única vitória da democracia contra a ditadura foi no dia 25 de Abril, a direita reclama que sem o 25 de Novembro não haveria 25 de Abril. E andam nisto.

Das personagens que tiveram um papel determinante nos acontecimentos históricos, sobra um nome vivo, o de Ramalho Eanes, que por essa altura era um chefe militar e não era general. Em segunda posição, Vasco Lourenço. Pretender que o general Eanes não estivesse presente nas comemorações do 25 de Novembro é uma tolice esquerdista, de esquerdistas afastados tanto do PREC como da derrota do PREC. Processo Revolucionário em Curso. Não estavam lá, nunca estiveram. Pretender que Vasco Lourenço deveria estar nas ditas comemorações, é outra tolice. Lourenço é um militar de esquerda e assim morrerá, não vale a pena forçar. Nunca participaria numas comemorações que foram originadas na direita, sobretudo na direita que se apropriou da data.

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