21 de novembro de 2024

Opinião no Expresso




















Recorte de Imprensa 

EXPRESSO 


Durante tempo demais, Pedro Nuno Santos alimentou a ilusão que o poder estava ali, de novo, ao virar da esquina.

E que o Governo da AD seria um brevíssimo interregno no poder socialista. Não vai ser assim. E é aí que o isolamento começa. Quanto maior for a distância do poder mais riscos corre o líder da oposição. Mais descontentes o abandonam.

Mais conspiradores preparam a sua queda. Outros tantos negoceiam a sucessão.

As amizades desaparecem.

A divisão instala-se. Ascenso Simões descreve-a, de forma cristalina, no "Público" do dia 5 de novembro: "O que está a acontecer no PS é que uma minoria muito reduzida e intemperada está a limitar todos os que não pensam como ela."

As "guerras" só agora começaram.

O exército dos descontentes vai aumentar. Com os que perderam os lugares. Com os que querem lugares. Com os milhares de órfãos da partidocracia.

Com as benesses, empregos e outras regalias que Pedro Nuno Santos não pode garantir, nem conceder.

É por isso que um líder só está a salvo quando está no poder. António José Seguro, agora regressado à vida política, é um bom exemplo dos perigos que corre um líder do PS na oposição. Nem a vitória o salvou. O PSD é outro cemitério de lideranças fracassadas.

As máquinas partidárias não aceitam perdedores. Nem dos que ganham por "poucochinho", como aconteceu com Seguro. Já foi dito e é verdade: liderar a oposição é um dos empregos mais perigosos que há. É o verdadeiro shark tank da política.

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