14 de novembro de 2024

Recorte de Imprensa (Elon Musk)



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Não é normal que o homem mais rico do mundo seja escolhido para liderar um ministério com o pomposo nome de “Departamento para a Eficácia Governamental”, inventado para cortar cerca de dois biliões de dólares no erário público - quase um terço do orçamento ainda em vigor. Como Elon Musk gosta de se armar em engraçadinho e agora até acha que consegue fazer rimas como se fosse um rapper, escreveu na rede social de que é proprietário que a sua nomeação é uma forma de “desmantelar o excesso de burocracia”, “reestruturar as agências federais” (entenda-se eliminá-las) e “cortar nas despesas inúteis”. Em suma, tem um “mandato para acabar com a gigantesca regulamentação que em nada contribui para o bem comum”. Como? “Bem comum”? Estará ele a falar da humanitas, uma das virtudes que Cícero, na Roma Antiga, considerava indispensável na política da república e que também significava “amor pelo próximo”? Não, não vamos acreditar que o dono da X e da Space X conhece a obra e os ensinamentos do filósofo que viveu um século antes de Cristo. Logo ele que faz gala em “ser pragmático” e “não perder tempo” com idiotices históricas ou “leis absurdas”. 

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Filipe Fialho 

Visão do Dia 

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