A Macarena está diferente

Jornal Sol (cultura)

José Cabrita Saraiva

2 de Agosto 2025


A Virgem Macarena (de Sevilha) está diferente. 

Terá sido restaurada por um artista idoso e com peculiar sentido estético.

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Helena Matos

O genocídio da razão

Quais são as responsabilidades que os 

patrocinadores do estado palestiniano 

vão assumir? E com quem? Temos o 

direito de saber. Porque um dia podemos 

estar no lugar de Israel: o de genocídio 

da razão.

Fotografia do Colunista
Miguel Morgado

O acordo comercial entre os EUA e a UE

Está na hora de a Europa deixar de se dispersar 

por objectivos políticos cada vez mais numerosos.

A alternativa é concentrar-se naqueles que 

poderão voltar a conferir-lhe poder e estatuto 

geopolíticos.

Fotografia do Colunista
André Abrantes Amaral

É mais complicado do que parece

O nosso desafio consiste em aceitar a nova reali-

dade e mantermos a vida dos cafés ao mesmo 

tempo que lidamos sozinhos com a Rússia. 

Com a tragédia. Vai ser difícil, mas não 

necessariamente impossível.

2 de agosto de 2025

O bicho pega


 


















No domingo pega com força  🥵

Conjuro (poema)

 


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Todo lo que no hiciste te obsesiona.

Mucho de lo que obraste te atormenta.

No te obsequia el olvido con su lenta

manera de borrar, no te ilusiona

saber que todavía te reserva

algo la incierta trama de los días:

asombros, cuerpos, sueños, rebeldías.

Pero no llegará jamás Minerva

a tu mente cansada si no puedes

en el remordimiento hallar la paz

y resistir a la sombra falaz

que con ficticio ayer teje sus redes.

Todo lo que no fue se irá perdiendo

y sólo importa ya seguir viviendo.

Hoje é de cação


A minha caldeirada de hoje é de cação. Não tem peles nem espinhas; ao centro tem cartilagem. 

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E também há gelado



Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Leonor Gaião

Há sexo na escola? Então não há!

Nas escolas, as crianças usam o sexo 

como brincadeira, mimetizam-no, 

usam vocábulos “adultos” e até nos 

fazem perguntas atrevidas. Então, 

porquê fechar-lhes esta porta?

Fotografia do Colunista
Rui Morais

Educação Sexual: refém entre o fogo cruzado de ideologias.

Uma Educação Sexual de qualidade 

informa, esclarece, previne e protege. 

Não impõe ideias, nem substitui a 

família.

Opina Ricardo Costa

 


Podemos hesitar nos substantivos, mas não mais do que isso. A resposta de Israel ao ataque bárbaro do Hamas era inevitável por tudo o que rodeou esse monstruoso momento. A recuperação dos reféns em cativeiro seria sempre feita até ao último nome, vivo ou morto. A guerra regional que se seguiu era menos evidente, sobretudo quando se estendeu ao Líbano, à Síria, ao Iémen ou ao Irão, mas compreensível para limitar ameaças futuras. A partir daqui começou o desastre, a tragédia ou a vergonha. Pode-se hesitar no substantivo, mas não mais do que isso.

Foi espantoso ver Donald Trump afirmar que há crianças a morrer à fome em Gaza e que isso não pode ser disfarçado. Sem rodeios nem patuá diplomático, o Presidente americano desmentiu e isolou Israel no seu delírio.

Em poucos dias, a decência diplomática francesa de reconhecer a Palestina passou de arrojo a obrigação. Londres já deu o passo seguinte. O Canadá idem. As chancelarias europeias vão segui-las inevitavelmente. A hesitação de Lisboa, mesmo com os avanços recentes, não tem defesa. Vai tarde, mas ainda a tempo de entrar no comboio dos que percebem que todas as linhas vermelhas da guerra foram ultrapassadas.

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Testemunhos

 Francesco Checchi

professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine e perito em insegurança alimentar em zonas de conflito:

"o impacto em termos de desnutrição e mortalidade está decerto subestimado".


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Rafh al-Elfari, mãe de uma menina que nasceu dias depois da invasão israelita da Faixa de Gaza:


“Há mesmo muita fome. Nunca vi tantas crianças subnutridas, e esta guerra já dura há muito. Estamos no colapso, não nos mexemos para poupar energia e calorias. Israel controla os terrenos agrícolas onde tínhamos os legumes, os locais onde criávamos animais e o mar onde pescávamos. O que é suposto fazer quando não entra quase nada em Gaza”, pergunta sem esperar resposta.


Recorte do Expresso 

Um livro, um poema

 













NOCTURNO DE POZOS

Tus pies descalzos en el arroyo,
la plaza y el sol que compartimos,
el amor que nos unió en lo esencial.
Los ojos haciéndose mundo,
una huella de fuego al inicio del camino
para crear un paisaje de esperanza.
El puñado de harina blanca depositada
en el fondo cristalino de un río manso,
como mensaje de emociones primerizas.
El miedo a no alcanzar los claros de luna
que has escrito bajo la nieve.
Así nuestra infancia.

O caso obscuro


 
Se é inocente, porque parece tão preocupado?

Até os seus apoiantes não desistem de aprofundar o assunto. 

Gaza (recorte de Imprensa)

A desumanidade em Gaza obriga o Ocidente a agir. A história deveria obrigar os israelitas a fazer o mesmo



Passou um ano e nove meses desde o ataque do Hamas a Israel. Nesse dia foram cerca de 800 os israelitas que perderam a vida, tragicamente, de forma desumana.

Depois disso, eis o que aconteceu: 60 mil palestinianos mortos, entre os quais mais de 16 mil crianças, e 145 mil feridos. O Governo de Israel arrasou escolas, hospitais, cidades inteiras, desalojou 1,9 milhões de pessoas, deixou todos à fome em Gaza. Tudo isto era já evidente há meses, pelo menos, mas hoje gera alarme universal.

Depois da II Guerra Mundial, um jovem químico que tinha sido detido e deportado para Auschwitz escreveu um livro sobre aqueles dias que lá viveu. O livro começava com um poema, que se lia assim:


“Vós que viveis tranquilos

Nas vossas casas aquecidas,

Vós que encontrais regressando à noite

Comida quente e rostos amigos:

Considerai se isto é um homem

Quem trabalha na lama

Quem não conhece paz

Quem luta por meio pão

Quem morre por um sim ou por um não.

Considerai se isto é uma mulher;

Sem cabelos e sem nome

Sem mais força para recordar

Vazios os olhos e frio o regaço

Como uma rã no inverno.

Meditai que isto aconteceu:

Recomendo-vos estas palavras.

Esculpi-as no vosso coração

Estando em casa, andando pela rua,

Ao deitar-vos e ao levantar-vos;

Repeti-as aos vossos filhos.

Ou então que desmorone a vossa casa, que a doença vos entreve, que os vossos filhos vos virem a cara.”


O autor destas palavras é Primo Levi e o livro chama-se “Se Isto É Um Homem”. É o que hoje, em agosto de 2025, nos devemos perguntar todos os dias.

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Editorial do EXPRESSO 

Opiniões

 No Observador 


Fotografia do Colunista
João César das Neves

Os dois problemas da imigração

O tratamento dos estrangeiros vai ficar 

como uma das manchas mais graves na 

moral desta geração, e acontece numa 

nação de migrantes.

Fotografia do Colunista
João Adrião

As lições do fogo da Serra Amarela: queremos aprender?

Não ter fogo é um objetivo impossível de 

atingir, ao persegui-lo estamos a 

agravar o problema. Então se vai 

arder mais tarde ou mais cedo, 

podemos é decidir de que forma, e é 

aí que está a diferença.

31 de julho de 2025

Corema album




É um pequeno arbusto sempre-verde, dioico, com altura geralmente inferior a 1 m e ramos erectos muito ramificados. As suas ramagens libertam um odor semelhante ao do mel.

Artesanato do Alentejo

Cadeiras pintadas à mão, em tamanho normal e em miniaturas. 



Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Alexandre Borges

O milagre de 31 de Julho

Fica tudo suspenso até Setembro,

no país do logo se vê.

Fotografia do Colunista
Margarida Bentes Penedo

Pelo contrário, reduzir o património público

Agradeço penhoradamente uma atenção 

da direita para as políticas de património 

e habitação. E suplico-lhe que mostre aos 

eleitores que não é obrigatório ver as 

coisas da maneira que a esquerda as vê.

Fotografia do Colunista
José António Rodrigues do Carmo

Os amigos de Putin e os inimigos de si mesmos

Por muito que comentadores com agenda, 

activistas vários e generais de serviço à 

“mãe Rússia” tentem enrolar a narrativa, 

a equação é simples: o que é bom para o 

Kremlin é mau para nós!

Pode ...






















Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel

FILIPE AMORIM