20 de março de 2024

Velhadas


Oh velhadas que sobrais por aí,

Na ilusão de que viver é bom,

Despertai com os filhos, também eles já velhotes,

Para uma nova e dura realidade:

O mundo é das crianças, de vozes assassinas,

De nada vos serviu educá-las com esforço

E a preceito,

Já nada disso conta, estais a mais na imagem,

Ninguém sabe quem fostes, ou quem sois,

E pior, se ainda sois,

A nada tendes direito.


O tempo não regride

Em carecas não ficam bem trancinhas,

E o que sobra da gritaria vã

Já não acorda os ais das memórias perdidas.


 Yvette Centeno

2 comentários: