30 de julho de 2024

Cantares do Alentejo

 


Ó patrão dê-me um cigarro

Acabou-se o tabaco

E o trigo que eu hoje entarro

Fumando dá mais um saco


Canta o melro no silvado

E o rouxinol na ribeira

Ó minha pombinha branca

Quero ir à tua beira


Quero ir à tua beira

Quero viver a teu lado

Rola o pombo na azinheira

Canta o pardal no telhado


Se a morte fosse interesseira

Ai de nós o que seria

O rico comprava a morte

Só o pobre é que morria.






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