14 de janeiro de 2025

Recorte de Imprensa (EXPRESSO)

 















Dia 11 de janeiro, fomos mais de 50 mil a descer a rua à Avenida Almirante Reis até ao Martim Moniz. Estivemos lá motivados pelo combate à crescente xenofobia, promovida e legitimada nos últimos anos pela extrema-direita. Pelo combate ao racismo, que existe e cresce. Pelo tratamento justo e igual de todos os cidadãos, independentemente da sua origem e tom de pele. Porque, como dizia um cartaz que por lá vi, estava em causa apenas a dignidade humana, porque todos os que vivem em Portugal são seres humanos antes de serem rótulos estigmatizados.

No princípio e no fim desta manifestação, umas poucas dezenas de militantes do Ergue-te (com a sua milícia Habeas Corpus) e outras poucas dezenas do Chega, estes num exercício semiótico em que a disposição das bandeiras no palco e as camisas pretas servem para mostrar que perderam o pudor de se associar ao pior que o século XX teve. Só faltaram as suásticas para a semelhança ser total.

E o que disse o Primeiro-Ministro de Portugal? Que no dia 11 de janeiro os extremistas saíram à rua, afirmando-se como o guardião da moderação. Registem-se estas declarações para memória presente e futura. Memória do pensamento do chefe do governo português. Memória da destruição que promove da moderação e do centro-direita. Memória do ataque à memória de Sá Carneiro.

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