10 de julho de 2024

Tece-me a teia

 



a sala de estar, poema XIV

tece-me a teia com que me enleias e prendes enlaça os teus braços no meu pescoço e sufoca-me de felicidade com a mesma força de uma criança, amedrontada, que agarra um peluche

abraça-me com a intensidade de duas almas gémeas separadas há mais de uma vida e que se reconhecem neste preciso instante

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PAULO EDUARDO CAMPOS, in A CASA DOS ARCHOTES 

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