30 de abril de 2025

Maio, maduro Maio

 


Maio maduro Maio, quem te pintou? 

Quem te quebrou o encanto, nunca te amou. 

Raiava o sol já no Sul. 

E uma falua vinha lá de Istambul.

Sempre depois da sesta chamando as flores. 

Era o dia da festa Maio de amores. 

Era o dia de cantar. 

E uma falua andava ao longe a varar.

Maio com meu amigo quem dera já. 

Sempre no mês do trigo se cantará. 

Qu'importa a fúria do mar. 

Que a voz não te esmoreça vamos lutar.

Numa rua comprida El-rei pastor. 

Vende o soro da vida que mata a dor. 

Anda ver, Maio nasceu. 

Que a voz não te esmoreça a turba rompeu.


letra

lyrics

madredeus

maio maduro maio

Composição  de Zeca Afonso 

Guloseima





















Recebi de oferta - queijo holandês fumado. 🙏🙏

Uma novidade



Este blogue foi visualizado na Argentina - o que não é usual. 

As "Maias"






 "Maias" são uma tradição portuguesa, especialmente celebrada no dia 1 de maio, que consiste em enfeitar casas e ruas com flores, principalmente giestas, como forma de celebrar a chegada da primavera e afastar maus espíritos. 

Detalhes da tradição:

Enfeites:

As "Maias" podem ser ramos de giesta, coroas de flores, bonecos de palha, ou até mesmo meninas vestidas de branco com coroas de flores. 

Localização:

A tradição é praticada em todo o país, com variações regionais, como a "Maio Menino" em Tinalhas ou os "Maios" em Olhão. 

Significado:

As "Maias" simbolizam a fertilidade, a primavera e a renovação da natureza. Além disso, acredita-se que afastam os maus espíritos e o mau-olhado. 

Eventos:

Em algumas localidades, as "Maias" são acompanhadas de festas, cantos, danças e até mesmo de jogos. 

Outras práticas associadas:

Comida:

Em algumas regiões, a 1 de maio é costume comer castanhas e outras iguarias, associadas à tradição das "Maias". 

Lendas:

Há várias lendas e histórias populares relacionadas com a origem das "Maias", como a que conta que as flores foram colocadas para marcar a casa onde Jesus teria dormido. 


Ludwig Börne

Nothing is permanent but change, nothing constant but death. Every pulsation of the heart inflicts a wound, and life would be an endless bleeding were it not for Poetry. She secures to us what Nature would deny – a golden age without rust, a spring which never fades, cloudless prosperity and eternal youth.

******

Nada é permanente excepto a mudança, nada é constante excepto a morte. Cada pulsação do coração inflige uma ferida, e a vida seria um sangramento sem fim se não fosse a Poesia. Ela assegura-nos o que a Natureza negaria – uma era de ouro sem ferrugem, uma primavera que nunca murcha, prosperidade sem nuvens e eterna juventude.

— Ludwig Börne, quoted by Heinrich Heine in The Journey to the Harz (1824)

***

Two portraits of him, by the Jewish painter Daniel M. Oppenheim, are in the Israel Museum Collection.

The town of Boerne in the U.S. state of Texas, founded by German liberal immigrants (Forty-Eighters), is named after him. The town is a part of the San Antonio metropolitan area.

The Börne Gallery at the Jewish Museum Frankfurt in Frankfurt, Germany is also named after him.

Edgar Morin






 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Miguel Miranda

Estamos preparados?

No dia vinte e oito vivemos momentos 

que lembraram os filmes de ficção 

científica onde alienígenas destroem 

as comunicações e pequenos grupos 

de humanos se juntam à volta de 

um pequeno “transístor”.

Fotografia do Colunista
Tiago Dores

Apagão: a pagar histerias climáticas

Um problema para não resolver 

já a 18 de maio. O voto em 

qualquer partido garante a 

caminhada rumo a produzirmos 

a nossa energia à base de 

excremento de unicórnio, bafo de 

dragão e ondas de Kraken.


Fotografia do Colunista
Maria João Avillez

Crónica em três tons

Ventura sabe que um dia vai ter

que dar alguma coisinha aos 

seus 49 oficiantes ateus “desta”

democracia, mas não sabe como.

Mesmo que vá subindo a escada

 dos votos.

29 de abril de 2025

VIDA (poema)

 









La vida se parece demasiado

a cuando estás en un restaurante

y sientes que hay un perro

bajo la mesa pidiéndote comida

y aunque sabes que eso es imposible

levantas un poco el mantel para mirar

y al hacerlo descubres

que allí abajo

ya no queda nadie.

Miguel Angel González 

No apagão eléctrico

Na hora do apagão eléctrico voltaram a ser úteis alguns objectos de antanho.



A sopa de nabiça


           É só legumes e azeite.  ☺️ 
 

GABO, fantástico





 

Havia luz

 


***

Procurou o seu habitual medo da morte e não o encontrou. Onde  está ela? Que morte? Não havia nenhum medo, porque também a morte não existia.

Em lugar da morte, havia luz.

L. TOLSTÓI 

A Morte de Ivan Ilitch

Recorte de Imprensa

 


O que vendem os políticos portugueses? Projetos. E apoios. A democracia é isto.

Alguém se lembra do senhor Oliveira da Figueira? O rechonchudo que vendia tudo aquilo de que ninguém precisava, o vendedor de banha da cobra que vendia radiadores no deserto? Se quisesse. Hergé tentou matá-lo nas histórias do Tintin e foi obrigado a ressuscitá-lo. A personagem era demasiado preciosa. Por razões nunca suficientemente esclarecidas, ou talvez por pensar que a personagem se ajustava à ideia que o criador tinha dos portugueses, grandes comerciantes e aventureiros na versão histórica piedosa, Oliveira da Figueira era um nativo de Lisboa. Ou seja, um português. Um português dotado de uma capacidade sobrenatural para impingir objetos e fantasias materiais. O próprio Tintin, numa vinheta inesquecível, carrega às costas mil inutilidades enquanto medita consigo que escapou aos encantos persuasores de Oliveira da Figueira e saiu ileso do encontro. Sem ter comprado, adivinharam, inutilidades. Vergado ao peso, até uma gaiola comprou.

O boneco é hilariante.

Claro que com este nome de árvores de fruto, Oliveira da Figueira era um descendente de cristãos-novos, um judeu convertido. O que não o torna menos português. 

***


Nunca visto





 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Nuno Lebreiro

O apagão político

Sem serviços, à rasca, o povo não 

acredita em manifestações de 

intenções e declarações de “vai ficar 

tudo bem”. Salvo explicações 

credíveis, no vazio do desconhe-

cimento, sobra apenas ansiedade 

e caos.


Fotografia do Colunista
Miguel Santos Carrapatoso

Quero uma casa deste tamanho 

Não há nenhum problema com a

casa de Ventura. Ser rico,

remediado ou pobre não qualifica

ninguém como bom ou mau

político. Mentir sobre o que se é 

ou ou sobre o que se tem, é muito

 mais revelador.

Fotografia do Colunista
José Diogo Quintela

E o Supremo Tribunal britânico criou a mulher…

Para jogar snooker, também eu 

fui forçado a aldrabar a minha

identidade. Na adolescência, tive

de falsificar o meu cartão de

cidadão, porque o salão de jogos

da Ericeira era para maiores 

de 16.

28 de abril de 2025

Ilusão




 

Que alegria














Voltei a ter energia eléctrica às 10.50 pm. Faltava desde as 11.30 am.

Em toda a Península Ibérica aconteceu o mesmo. 

No Canadá

 














Hoje é dia de eleições no Canadá. 

Num espírito de unidade nacional reforçado, face à guerra tarifária dos EUA. 

******

Se, há uns meses, o caminho parecia aberto para o Partido Conservador voltar ao poder, pelas mãos de Pierre Poilievre, após dez anos sob o comando do liberal Justin Trudeau, o regresso de Donald Trump à Casa Branca, com a sua ofensiva sem precedentes contra o Canadá, incluindo tarifas e ameaças de anexação, mudou a situação

Visão do Dia 

 

Cervantes





 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Paulo Ferreira

Estado, o construtor? Muita ilusão pouca habitação

O Estado que não tem um inventário 

do seu património nem 

conseguiu remodelar o antigo Ministério 

da Educação para fazer uma residência 

universitária é que vai construir 

milhares de casas? 

Tenham juízo.

Fotografia do Colunista
Patrícia Fernandes

Perceções e ameaças

Se a maioria da população sentir que 

os recursos se tornam escassos e 

recear o futuro, com a 

certeza de que os seus descendentes 

vão ter vidas piores, 

torna-se menos capaz de superar 

a dimensão tribal.

Fotografia do Colunista
Paulo Trigo Pereira

Habitação: o país não é socialista nem neoliberal

Todos concordamos que é necessária 

estabilidade regulatória e fiscal no mercado 

da habitação, não compaginável com 

mudanças em cada miniciclo político. 

Serão os principais partidos capazes 

de o fazer?

27 de abril de 2025

Latada diferente


     O mais habitual é ser de videiras. 



Caldeirada de choco

 


Unamuno