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50 anos das primeiras eleições livres, com sufrágio universal, realizadas neste país à beira-mar plantado.
Cumpre-se meio século de um dia que se mantém, até hoje, como aquele que registou a maior afluência às urnas, com quase 92% dos seis milhões de recenseados a exercerem o seu novo direito. Durante o período do Estado Novo, apenas dois milhões de portugueses estavam autorizados a votar, e em eleições de fachada, controladas pelo regime.
Um ano após a queda da ditadura, o povo livre era chamado a pronunciar-se, na escolha dos deputados para a Assembleia Constituinte. Ou, citando Joaquim Letria, "pela primeira vez, no último meio século, os mortos não votaram e os vivos não votaram duas vezes”.
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