Isto de injustiça social é uma coisa que me deixa danada.
Ainda ontem ouvi com atenção o Bispo de Leiria-Fátima que, em palavras daquelas que toda a gente entende e em poucas, por sinal, pôs o dedo na ferida.
Há anos que se nos pede para apertar o cinto, dizia-se que vivíamos no melhor dos mundos e, ao nascer do sol, um dia destes, descobrimos que estamos tão em crise como os outros todos. Aqui nota-se menos, dizem, porque somos pequenos, a nossa banca é pequena e mais cautelosa, as empresas onde se injecta dinheiro dos contribuintes vão sobrevivendo...
O problema é saber se aquelas outras que dão o pão de cada dia a milhares de portugueses também vão sobreviver, se a escandaleira dos chorudos pagamentos a certos gestores da coisa pública vai acabar, se se moraliza a questão de estranhas acumulações de pensões/reformas várias, se se redistribui com justiça o que o País ainda é capaz de produzir.
A nossa economia tem crescido, mas baixinho, baixinho, porque há muita coisa a emperrar.
Dizem alguns entendidos que o Governo Sócrates tem tomado medidas corajosas.
Pois os portugueses esperam muito mais coragem e capacidade de intervenção para que, onde a ética não funcionar por si mesma, funcione a fiscalização, a responsabilização, a justiça.
Há muita gente cansada de esperar por dias melhores e não os vislumbra, há quem sinta que, na família portuguesa, parece que há filhos e enteados, que os sacrifícios tocam sempre aos mesmos!
Que não haja tentações eleitoralistas em relação ao ano que aí vem, e que seja a vontade de bem servir a orientar quem nos governa.
Para todos os crentes em qualquer religião, que não deixe Deus morrer-nos a esperança.
Para todos os não crentes, faço o mesmo voto.
1 comentário:
Esta "choldra" precisa é de uma grande "barrela"; daquelas à moda antiga. Disso, ou de "vara de marmeleiro"!
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