Sabes Maria Armanda,
Agora estou outra vez sentada no terraço e passam aves em bando a voar para o Sul.
Como da última vez em que estive contigo, em que as vimos juntas, quando tu ainda observavas e compreendias. Quando a doença de Alzheimer ainda não te tinha roubado por completo ao convívio de familiares e amigos.
Essa sim, foi a última vez, não quando, no começo deste verão, fomos ao teu funeral.
É assim que te recordo, atenta, observadora, interessada, inteligente, amiga, tranquila.
A ver os pássaros que vão para sul...
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