Como é que um porteño (natural de Buenos Aires) que anda há anos a pavonear-se em tertúlias televisivas e a teorizar simultâneamente sobre orgias, espiritismo, inflação e estado de direito convenceu milhões de compatriotas de que é a figura ideal para vencer as eleições presidenciais de 22 de outubro (ou a 19 de novembro, caso seja necessária uma segunda volta)? Sim, estamos a falar de Javier Milei, el Loco.
Futebolista e guarda-redes frustrado, o candidato a estrela rock que imitava Mick Jagger, o ateu que chama “imbecil” e “ comunista” ao Papa (argentino) Francisco, o artista mediático diz já ter sido “ professor de sexo tântrico”, o economista cinquentão e solteirão de melena desgrenhada que alega não se pentear desde a adolescência, o académico rebelde e negacionista climático que decidiu há três anos iniciar uma carreira como deputado, para “dinamitar o status quo".
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Há quatro décadas, num pequeno país da América Central (El Salvador), havia uma anedota bem interessante sobre os processos eleitorais: “De manhã votam as mulheres; à tarde, os homens; à noite, os militares”.
Fonte: Visão do Dia
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Agora, décadas volvidas, quem vota e no quê - pergunto eu...
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