18 de outubro de 2024

Poema de emigração















Este parte, aquele parte

e todos, todos se vão.

Galiza ficas sem homens

que possam cortar teu pão.


Tens em troca órfãos e órfãs

Tens campos de solidão.

Tens mães que não têm filhos

Filhos que não têm pai.


Coração que tens e sofre

Longas ausências mortais.

Viúvas de vivos mortos

Que ninguém consolará.


Este parte, aquele parte

E todos, todos se vão.

Galiza ficas sem homens

Que possam cortar teu pão.


Rosalia de Castro

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Vibra en su poesía el sentimiento del dolor colectivo, la desolación de un pueblo abandonado por Dios y por sus compatriotas. La indigencia, el subdesarrollo de los campesinos gallegos, se vuelven materia poética, adquiriendo una fuerza que emana de su propia condición autobiográfica. Nada se retrata mejor que lo que se conoce por experiencia;

Rosalía sabe de las amarguras de su pueblo, y las canta.

Informação D'AQUI

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