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Quantos anos tenho?
Não preciso de um número para marcar,
pois os meus anseios alcançados,
as lágrimas que derramei pelo caminho
ao ver as minhas ilusões despedaçadas...
Valem muito mais do que isso.
O que importa se faço vinte,
quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que necessito
para viver livre e sem medos.
Para seguir sem temor pela trilha,
pois levo comigo a experiência adquirida
e a força dos meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários
para perder o medo e fazer
o que quero e o que sinto.
por José Saramago
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NOTA POSTERIOR À PUBLICAÇÃO
Corre na internet um texto intitulado POEMA SOBRE A VELHICE, atribuído a José Saramago, Prémio Nobel de Literatura. Não é de sua autoria. Solicitada, a Fundação José Saramago também esclareceu que o texto não é dele.
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