Os tempos são propícios ao pessimismo. Em especial quando o discurso público está dominado pelas indignações permanentes, as redes sociais ficaram cada vez mais transformadas em ringues de boxe – mas de rua, sem regras nem cavalheirismos – e os debates deixaram de ser centrados na realidade para se debruçarem sobre as perceções, em que apenas as negativas são valorizadas e dissecadas até muito para lá da exaustão.
O pessimismo é, ainda por cima, acentuado quando olhamos para o mundo e parece que o caos está instalado um pouco por todo o lado. Os sinais são evidentes: cresce o individualismo e perderam-se noções básicas de solidariedade. O humanismo ficou reservado para algumas raras ocasiões – mais para quando “fica bem” do que para quando seria necessário e até urgente.
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