30 de novembro de 2024

O mais afamado

 



Pastel de nata é uma popular especialidade da doçaria portuguesa, de inspiração conventual. Foi criado por monges no Mosteiro dos Jerónimos e possui origem certificada. A receita original é denominada Pastel de Belém, produzida exclusivamente na Fábrica dos Pastéis de Belém, em Lisboa, e tem como base ingredientes como ovo, leite, açúcar, limão e canela.

Wikipédia 

Sonhos e estrelas (poesia)

Aceno


Longe,

Seu coração bate por mim; 

E a sua mão desenha aquele afago 

Que me sossega inteiro...


Longe,

A verdade serena do seu rosto 

É que faz este dia verdadeiro...


*******


Brinquedo


Foi um sonho que eu tive:

Era uma grande estrela de papel,

Um cordel

E um menino de bibe.


O menino tinha lançado a estrela

Com ar de quem semeia uma ilusão;

E a estrela ia subindo, azul e amarela,

Presa pelo cordel à sua mão.


Mas tão alto subiu

Que deixou de ser estrela de papel.

E o menino, ao vê-la assim, sorriu

E cortou-lhe o cordel.


Miguel Torga 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Miguel Pinheiro

Almirante? Para os partidos, não vai ser bonito

Perante a hipótese de um 

Presidente-almirante, uns 

partidos usam a “estratégia 

barriga de aluguer”, outros 

a “estratégia cavalo de Tróia”,

outros a “estratégia cabeça 

na areia”. Nenhuma vai 

correr bem

Fotografia do Colunista
Alberto Gonçalves

A minha candidatura a Belém

Os governantes e os 

portugueses que elegem os

governantes não querem 

reformas: querem a reforma. 

Eu também. Vote em mim.

Fotografia do Colunista
Jaime Nogueira Pinto

O luto continua

Tudo leva crer que os grandes

 media, aparentemente into-

cados pelos sucessivos embates 

com a realidade, continuem a 

saltar de surpresa em 

surpresa e de luto em luto.

Fotografia do Colunista
Miguel Miranda

O homem e a sua circunstância

Um cidadão que viva num 

bairro camarário e participe

 na sua destruição deve poder

 manter essa casa? Não sei

 responder mas sei que tal 

 não pode ser considerado

 normal nem consentido de 

 forma continuada.

29 de novembro de 2024

poema, meu segredo






este poema que é meu segredo

e das minhas mãos a pureza

agora o partilho a medo

numa asfixiante incerteza este poema 

é meu espelho minha sombra escurecida 

um sonho velho palavras trémulas... 

mas com vida!


este poema é meu desejo e meu capricho, 

a minha sede abrasadora

o privilégio de seguir vida fora 

com o fulgor do sonho é o meu pulsar na palavra

faz parte de mim, voa no meu sangue

o sopro da minha voz

meu rio a chegar à foz


este poema é a harmonia do meu instante

é o meu mundo partilhado 

o agasalho que me cobre

o meu fado!


este poema tem asas na minha mão 

traz com ele a minha história

e sua efémera glória de tão vasta imperfeição

ouve-se nele o rumor da tempestade e da palavra 

sente-se a inquietude é a minha bagagem da saudade.

***


Natalia Nuno

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
P. João Basto

Novas tendências natalícias: um manual

Estranho é que o Pai Natal 

ainda não tenha sido alvo 

da cultura de cancelamento. 

Trata-se de um homem que

passa todo o ano a descansar,

enquanto pobres duendes 

sem sindicato fabricam 

brinquedos.

Fotografia do Colunista
Djaimilia Pereira de Almeida

Quem é o meu semelhante? (I)

São sempre os livros que 

encenam as conversas com 

os estranhos para as quais 

na vida nos falta a coragem.

28 de novembro de 2024

Casa deserta (poesia)

 


Ah nada pior que a casa deserta, 

sozinha, sozinha.

O fogão apagado e tudo sem interesse. 

O mundo lá longe, para lá da floresta.


E o vento soprando 

a chuva caindo 

a casa deserta...


Ah nada pior que estes dias e dias, 

de cachimbo aceso, com as mãos inertes, 

com todas as estradas inteiramente barradas,

 ouvindo a floresta.


Com tudo lá longe, na casa deserta,

o vento soprando

e a chuva caindo, na noite caindo...


Há uma cancela que range nos gonzos 

um velho cão de guarda que ladra sem motivo

-parece que é gente que vem a entrar...


E é só vento soprando, soprando 

e a chuva caindo...


Mudaram muita vez as folhas da floresta. 

Os olhos do homem são olhos de doido. 

Fogão apagado, aceso o cachimbo, 

o mundo lá longe.


E o vento soprando 

a chuva caindo 

a casa deserta


Mário Dionísio 

Opinião



 No Observador 

OPINIÃO

Fotografia do Colunista
Alexandre Borges

Um almirante no cockpit

Às pessoas preocupa mais 

a recolha do lixo, o buraco 

na estrada, o lar do pai, a 

escola do filho em greve, 

a segurança nas ruas, a 

violência, do que o que 

vão fazer em Janeiro 

de 2026.





27 de novembro de 2024

Um poema

 Numa praia



Em cada corpo recomeça o mundo, 

mas onde então acaba este começo? 

Amor não sabe mais o que é profundo, 

vem da pele e respira só no verso.


Passamos a toalha pelo corpo, 

com o suor a enxugar a morte: 

há gotas de água fria no teu rosto, 

em ti meus dedos lêem sua sorte.


Um riso nos chamou, fulgor ou seta, 

e o dia se refez sem mais promessa. 

Nos meus dedos ficou a ferida aberta:

 só no teu corpo o mundo recomeça.


Luis Filipe Castro Mendes 

Menor disponibilidade

 

A partir de agora tenho menos tempo disponível para o blogue.

Tenho de cuidar de familiar doente. 

Volto quando for possível. 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Paulo Castro Seixas

A emergência portuguesa: um país para inglês ver 

A emergência portuguesa não 

é do INEM e não é só o INEM 

que mata. A Administração 

Pública como um todo 

deveria ser objeto de uma 

missão de Redesign.

Fotografia do Colunista
Henrique Neto

Evitar soluções do passado na construção do futuro

Vivemos uma encruzilhada 

de extrema dificuldade 

entre a guerra e a paz, 

entre aproveitar os frutos 

das novas ciências e 

tecnologias para um futuro 

melhor da humanidade ou 

a destruição total do planeta.



Fotografia do Colunista
Abel Mateus

Política orçamental e redistribuição do rendimento

Alguns países do Leste 

Europeu conseguem maior

 redistribuição do rendi,-

mento com sistemas fiscais 

muito menos progressivos, 

casos da República Checa, 

Eslovénia, Polónia, bem 

como sos Países Nórdicos.



Opina Clara Ferreira Alves

 Recorte de Imprensa 



As comemorações do 25 de Novembro ganharam tonalidades patéticas, com personagens secundárias, a maior parte nem esteve lá ou tem memória pessoal do que aconteceu nesses dias cristalizados numa data, disputando a vitória da democracia contra a ditadura. A esquerda reclama que a única vitória da democracia contra a ditadura foi no dia 25 de Abril, a direita reclama que sem o 25 de Novembro não haveria 25 de Abril. E andam nisto.

Das personagens que tiveram um papel determinante nos acontecimentos históricos, sobra um nome vivo, o de Ramalho Eanes, que por essa altura era um chefe militar e não era general. Em segunda posição, Vasco Lourenço. Pretender que o general Eanes não estivesse presente nas comemorações do 25 de Novembro é uma tolice esquerdista, de esquerdistas afastados tanto do PREC como da derrota do PREC. Processo Revolucionário em Curso. Não estavam lá, nunca estiveram. Pretender que Vasco Lourenço deveria estar nas ditas comemorações, é outra tolice. Lourenço é um militar de esquerda e assim morrerá, não vale a pena forçar. Nunca participaria numas comemorações que foram originadas na direita, sobretudo na direita que se apropriou da data.

***


É pela tarde (poesia)

 De: Reinaldo Ferreira 











 É pela tarde, quando a luz esmorece 

E as ruas lembram singulares colmeias, 

Que a alegria dos outros me entristece 

E aguço o faro para as dores alheias.


Um que, impaciente, para o lar regresse, 

As viaturas que se cruzam cheias 

Dos que fazem da vida uma quermesse,

 São para mim, faminto, odor de ceias.


Sentimento cruel de quem se afasta, 

Por orgulho repele, e se desgasta 

No esforço de fugir à multidão.


Mas castigo de quem, por imprudente, 

Já não pode deter-se na vertente 

Que vai da liberdade à solidão.


Reinaldo Ferreira 

O que foi o 25 Nov 1975

Recorte de Imprensa 

EXPRESSO - Vítor Matos 👈👈

A vitória da esquerda contra a esquerda que a direita celebra: o que foi o 25 de Novembro


***
Para o comunista (Cunhal), o seu antigo aluno no Colégio Moderno (Soares) encarnava “a contrarrevolução”, era o menchevique que lutava para ganhar pela primeira vez aos bolcheviques, como descreveu na sua autobiografia “Foi Assim” a antiga dirigente comunista Zita Seabra, ex-PSD e hoje próxima da Iniciativa Liberal: “Álvaro Cunhal, e nós com ele, tinha um sentimento de ódio profundo para com Mário Soares, mais do que para com qualquer político de direita. Ele fez frente ao PCP com todos os meios ao seu alcance: aliando-se aos militares mais democratas e retirando-os da nossa influência, batendo-se sempre por eleições livres, fazendo o povo sair à rua quando era necessário e aliando todas as forças políticas à sua direita, civis e militares, colocando-os todos na rua contra nós.”

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26 de novembro de 2024

Leitores do blogue


                        👆👆👆

As preocupações do Papa

As preocupações do Papa são as mesmas de muitas pessoas de boa vontade.

A arrogância e a sede de poder, a convicção da paz pela força não são para todos; são só para os poderosos donos do mundo ou que, não o sendo, como tal se consideram. 

És de Braga ?

 Braga 







 

Todos os povos têm características pelas quais são conhecidos, os bracarenses não são exceção, por exemplo, são conhecidos por deixarem a porta aberta; daí a expressão " És de Braga? ".

Há várias teorias para esta expressão. Tais como, o facto de o Arco da Porta Nova nunca ter tido uma porta. Como, na altura já não havia guerra e como a cidade estava a crescer para além dos muros, não foi colocada nenhuma porta naquele arco. A partir daí os habitantes de Braga ficaram conhecidos como aqueles que não fecham a porta. Assim, sempre que um bracarense deixa uma porta aberta, ouve de imediato " És de Braga? ". Outra teoria diz respeito ao espírito comunitário dos bracarenses: para que os vizinhos entrassem sempre que quisessem, os bracarenses deixavam as portas das suas casas abertas.

Outra teoria fala de um velho sábio de Braga que era chamado à casa das pessoas para dar conselhos e lhes pedia para deixarem a porta aberta visto que as casas eram sombrias.

Wikipédia 

O nosso Presidente fala:

 

Marcelo defende "urgência" da Aliança das Civilizações num mundo "dominado pelo egoísmo"



































Por seu turno, na mesma reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu esta terça-feira "mais vozes e ações mais corajosas" dos países membros da Aliança das Civilizações, "à medida que a maré de ódio e intolerância se torna num tsunami".

Numa intervenção no Fórum da Aliança das Civilizações, no concelho de Cascais, António Guterres saudou a adesão crescente à organização criada há duas décadas e que conta atualmente com 160 membros, mas pediu "mais vozes" a favor do diálogo intercultural e aos países para "irem mais fundo" no seu apoio financeiro.