13 de novembro de 2024

César Vallejo, do Peru









Poema ‘Navidad’ de César Vallejo

Hoy vendrá Navidad.

Zambullido entre el ruido pegajoso de imbéciles caldeos y tirios anacrónicos, con mi imperial silencio, y asistido por mis feroces sueños invencibles, hago tarde, llamo a dolor; campana, campana, campana!

Hoy el níveo Noel, remoto hebreo, alucinantes las manos abuelas dejará en las camas de los niños pobres el juguete milagroso o el fragante bombón que el Niño Jesús envía a sus amiguitos de aquí abajo.

Hoy vendrá Navidad; y vendrá triste en mí, muy triste en mis ojos pascuales de pastor solitario y perdido.

Así balaréis vosotras, ovejas mías, ovejas del señor, dulces gotas de leche de la Virgen María.

Opinião no Expresso

Política externa de Trump na primeira presidência 



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Olhando para trás, a política externa da primeira presidência de Trump tem um rasto de isolacionismo dominante. Trump afastou-se dos aliados, que maltratou, tanto na Europa como no Pacífico; quis negociar um acordo de desmilitarização com a Coreia do Norte que foi apenas um espetáculo inconsequente; acelerou a rota de colisão com a China e conseguiu que alguns europeus alinhassem contra a Huawei, mas teve, e tem, os europeus divididos na forma como devem lidar com Pequim e, sobretudo, não determinados em agir alinhados com os Estados Unidos. Coisa impensável na Guerra Fria relativamente à União Soviética. Com excepção da Ostpolitk de Willy Brandt em diante, que tinha uma explicação regional muito óbvia.

Olhando para os grandes momentos da política externa da primeira presidência Trump, ressaltam duas ideias: uma visão ao mesmo tempo isolacionista e impositiva da posição americana, e uma tentativa de exibição de dotes negociais que não foram consequentes.

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Colhe o dia (poesia de F. Pessoa)

 




Uns, com os olhos postos no passado,

Veem o que não veem; outros, fitos

Os mesmos olhos no futuro, veem

O que não pode ver-se.

Porque tão longe ir pôr o que está perto —

A segurança nossa? Este é o dia,

Esta é a hora, este o momento, isto

É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora

Que nos confessa nulos. 

No mesmo hausto

Em que vivemos, morreremos. 

Colhe

O dia, porque és ele.


Ricardo Reis (Fernando Pessoa)

A culpa disto tudo é dos ‘woke’!


Curiosos e perigosos tempos em que estar ‘acordado’ (woke), com os olhos levantados do cotão do umbigo, sentir empatia pelas pessoas e comunidades mais desfavorecidas e discriminadas, e desejar que os direitos humanos cheguem a todos e todas de forma igual é considerado por cada vez mais gente — incluindo muitos comentadores de televisão e jornais — como radical, ameaçador, desnecessário, acessório ou moda.

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Esta é a era das crenças e do que cada um quiser acreditar. O melhor cenário para surgirem os falsos messias. E os grandes tiranos.


A doença da desumanização dos outros


A desumanização, egoísmo e indecência passou a ser o novo normal, o novo mundo, e o monstro adormecido em nós passou a estar à solta, descarado, sem vergonha. Uma doença a alastrar no mundo e também para os nossos lados cada vez mais em força.

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Bernardo Mendonça 

Expresso 

12 de novembro de 2024

Sabedoria

 


Dilatai a fraternidade cristã, e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade.


Ninguém o escuta

 


Novo romance

 O Protocolo Caos



















A história é inspirada em factos reais e aborda temas como as 'fake news', o poder das redes sociais na manipulação da população, ataques informáticos e 'hackers'. Donald Trump e Vladimir Putin são personagens chave na trama deste que é o 26.º romance do autor.

Os cortes na produção

 


OPEP divulga relatório mensal

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), publica, esta terça-feira, o seu relatório mensal sobre o mercado do petróleo. No relatório de outubro, a organização reviu em baixa as suas previsões de crescimento da procura mundial de petróleo para 2024 e 2025. Este mês, vários membros da OPEP , a aliança alargada do cartel petrolífero, anunciaram o prolongamento dos cortes na produção de petróleo até ao final do ano, com o objetivo de contrariar a recente queda dos preços.


Juliana Simões 

Expresso Economia 

Senhora muito poderosa


Quem é Susie Wiles?
















Susie Wiles é a pessoa escolhida pelo Presidente eleito para o ajudar a assentar ideias em todas as matérias importantes da governação dos EUA. 


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No Expresso 

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Com décadas de experiência a gerir campanhas, manteve-se fora dos holofotes enquanto conduziu o candidato a uma nova vitória. O reconhecimento de Trump pelo papel que assumiu chegou sob a forma de nomeação para chefe de gabinete da Casa Branca. Será a primeira mulher a assumir o cargo.


Em abril, um perfil no “Politico” descrevia Wiles como “a operacional política mais temida e menos conhecida na América”.


“Não quero estar nos holofotes. Penso que prejudica a capacidade de ser eficiente”, disse anteriormente Wiles, citada pelo “The Wall Street Journal”.


Wiles é vista como peça central para o sucesso da campanha de Trump e antes dos resultados serem conhecidos já era apontada como possível candidata ao cargo de chefe de gabinete. O seu papel na execução da campanha foi reconhecido por Donald Trump no discurso de vitória das eleições presidenciais, no qual expressou o seu “enorme apreço” por Wiles. “Chamamos-lhe a ‘donzela de gelo’. (...) A Susie gosta de ficar nos bastidores”, descreveu o Presidente eleito.

Nada de bom no horizonte

 No Observador 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Miguel Miranda

Espanha, Valência: Olhar e não ver

A dificuldade dos decisores 

em reagir a um aviso e a 

recusa em ver a real 

dimensão do maior desastre 

natural dos últimos 70 anos, 

é como um processo de 

negação, é olhar para uma 

catástrofe e não a ver.



Fotografia do Colunista
Helena Garrido

Trump e a lua que não vemos

Os partidos tradicionais 

ditos de esquerda andam 

esquecidos das necessidades 

básicas. Com o que se tem 

passado só temos de nos 

admirar de ainda terem 

tantos votos.

Fotografia do Colunista
Miguel Santos Carrapatoso

Costa fez mais pelo Chega do que Leão

Encontrar um fascista em 

cada esquina (primeiro 

Passos, depois Rio, 

Montenegro, Moedas, e 

agora até Leão…) pode 

agradar aos novos zelotas 

cá do burgo, mas o resultado 

prático é um: a

 incosenquência.

Recorte de Imprensa

 Opinião 





















O estilo de gestão de Donald Trump é “caótico”, mas, entre 2016 e 2020, não havia tantas figuras controversas a rodear o republicano e a influenciá-lo. É Mark Wheeler, professor de comunicação política na London Metropolitan University, quem o diz, antevendo uma “reviravolta significativa nos primeiros seis meses do seu regresso à Casa Branca”, com novas nomeações e várias dispensas.

Autor de seis livros, entre os quais “Politics and the Mass Media” e “Celebrity Politics”, Wheeler não só aponta para os próximos quatro anos com temores de extrema polarização como defende que será uma “administração muito confusa”, com “muitos egos em ação”. O analista londrino diz, em entrevista ao Expresso, que, apesar de a campanha de Trump ter sido “brilhante”, a sua governação dificilmente o será.

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Catarina Maldonado Vasconcelos

Jornalista do EXPRESSO 

O Portugal que eu amo



















 

Assar no forno

















O peixe para assar, hoje é à posta.  😋

E vai seguido de umas castanhas 🌰🌰




11 de novembro de 2024

Leitores do blogue

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Opinião no Expresso

































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Talvez as causas do crescimento do populismo não se possam encontrar em movimentos e preocupações dos últimos 5 anos, mas sim num acumular de processos, tendências e circunstâncias das últimas décadas, nas relações de trabalho, nas expectativas sobre educação, na cultura e espetacularização da política, que em conjunto conduziram a maioria da população a um salve-se quem puder muito coerente com a ideologia trumpista.

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Pote de mágoa


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E qualquer desatenção, faça não 

Pode ser a gota de água. 


[a gota d'água é um conceito que representa o momento em que algo atinge o limite máximo e não pode mais ser tolerado.]

Citar Saramago


 (...) porque a vida ri-se das previsões e põe palavras onde imaginávamos silêncios e súbitos regressos quando pensávamos que não voltaríamos a encontrar-nos.

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(...) porque la vida se ríe de las previsiones y pone palabras donde imaginábamos silencios y súbitos regresos cuando pensábamos que no volveríamos a encontrarnos.


 José Saramago, 

A viagem do Elefante


Web Summit

 

Lisboa volta a ser palco, entre hoje a a próxima quinta-feira da Web Summit. Com Paddy Cosgrave de novo à frente do evento tecnológico, esperam-se algumas novidades, nomeadamente numa aposta mais alargada nos eventos noturnos, mas há que admitir que este acontecimento já viveu melhores dias, pelo menos a avaliar pela procura hoteleira, mais baixa, este ano, do que em edições anteriores. 


Manuel Barros Moura 

VISÃO DO DIA 

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Hum ...hum ...

 

















A reunião, que decorre até dia 22, deverá ser marcada pelas negociações do chamado “Novo Objetivo Quantificado Coletivo” (NCQG na sigla em inglês).

O propósito é estabelecer um novo valor da ajuda financeira Norte-Sul para a luta e adaptação às alterações climáticas, um ano após o acordo sem precedentes entre países de todo o mundo a favor de uma “transição” para o abandono dos combustíveis fósseis na COP28.

Fonte: OBSERVADOR 

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"É uma conferência morna" em "contraste com mundo mais quente"

Francisco Ferreira, da associação Zero, sublinha que, com a eleição de Donald Trump nos EUA, o mundo vai assistir a um "grande resfriamento naquilo que é a necessidade de articulação à escala global para lidar com este problema dramático das alterações climáticas, por contraste com este mundo mais quente".

Na TSF

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
José Manuel Fernandes

Jornalismo a suicidar-se, a democracia é que paga

A razão de ser do jornalismo 

é a formação de uma cidada-

nia bem informada, com 

confiança na informação 

que recebe. É essa confiança 

que muito do actual jornalismo 

está a comprometer, como 

vimos nos EUA.

Fotografia do Colunista
Patrícia Fernandes

Interlúdio: sobre dissonância política

Quando Kamala, no seu discur-

so de concessão, fala em luta, 

ficamos na dúvida sobre que 

luta é essa – tão importante, 

mas que disse tão pouco à 

maioria dos eleitores e, em

particular, à working class.

Fotografia do Colunista
João Carlos Espada

Eleições nos EUA: afinal, o “sistema” funciona

A democracia liberal não é 

sobre preferências políticas

 particulares mas sobre regras

 gerais de boa conduta — 

decentes e civilizadas.

Fotografia do Colunista
Eduardo Sá

Acorda para a vida!

Por vezes vejo adolescentes

já muito crescidos a reconhecer

 que, num dia em que um dos

 pais lhes morra, ficarão tristes;

 claro. Mas não tanto assim 

“de rastos”. Porque, com o 

 tempo, os foram perdendo.