31 de maio de 2024

De Sophia (poesia)



 


Associação de ideias

 


Parece uma coisa estranha  ?

Hoje

 Onde se leu este blogue.



Última Canção (poesia)

 

Se puderes ainda ouve-me, rio de cristal, ave matutina. ouve-me, luminoso fio tecido pela neve, esquivo e sempre adiado aceno do paraíso. Ouve-me, se puderes ainda, Devastador desejo, fulvo animal de alegria. Se não és alucinação ou miragem ou quimera, ouve-me ainda: vem agora e não na hora da nossa morte - dá-me a beber a própria sede.

A Casa Rouca



Ficara o galo, sobrevivência da ruína.

Rouco o seu canto.

Canto que não parecia mais de galo, 

senão a própria voz da casa abandonada. 

Casa rachada ao sol, aluindo-se ao vento de chuva.

Não mais agora figuras humanas entrando;

apenas lagartixas e morcegos para recepção às sombras.

Casa rouca submersa no matagal, teu galo ficou.

E o seu canto perdeu o timbre de sol, já não inaugura os dias. 

E se fez adequado aos estragos do reboco, 

à podridão das esquadrias – última secreção de paredes gemidas.


Galo rouco. Casa rouca. 



A aprender algo (zamboa)

Esta espécie não é minha conhecida, embora eu utilize muito limão. 





Ler faz viver mais

 



O sono dos justos, canção de Alcione *





















O sol se pôs

Atrás da mão do cristo redentor

A sombra em cruz rendendo toda a dor

Abençoando esta cidade


A noite

Vai maquiando tanta solidão

Baton nos lábios desejo nas mãos

Vai colorindo esta viagem


E os sonhos

Que todo dia todo mundo tem

De melhorar na vida e ser alguém

Sem se perder na escuridão


Não

O mal não pode ser maior que o bem

Então não guardo mágoas de ninguém

E sigo a minha direção


O sol raiou

Iluminando o cristo redentor

Estou sereno nem sinal de dor

Vou me deitar com esta cidade 


****

*  A cantora recebeu a alcunha de "Marrom", "Dama do Samba" e "A Voz do Samba". Com trinta álbuns de estúdio e nove ao vivo, vendeu 8 milhões de cópias de discos em todo o mundo.

aux allures de punk *


 














* aparência de punk (os abutres).

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Rui Ramos

Causas do derrotismo dos povos ocidentais 

Há no Ocidente uma inclinação para

acreditar que qualquer esforço militar

ocidental está condenado ao fracasso, 

é ilegítimo e se revelará inútil. É isso 

que vemos em relação à Ucrânia

 e a Israel.

Fotografia do Colunista
João Marques de Almeida

As eleições europeias e a guerra na Ucrânia

Putin não vai usar armas nucleares, 

está a fazer bluff. É impossível 

apaziguá-lo. E a única maneira 

de haver paz na Europa é derrotar 

Putin. Se Putin ficar fraco, serão 

as elites russas a afastá-lo.

Fotografia do Colunista
Bruno Cardoso Reis

Reconhecer a Palestina e os gambozinos

A Europa reconhecer um Estado

 independente da Palestina que não 

 existe não resolve nada. É o

 equivalente diplomático da caça

 aos gambozinos.

30 de maio de 2024

A Valsa (escultura)

 

Falar de Camille Claudel é também lembrar Auguste Rodin, focando a relação criativa e amorosa que mantiveram: penosa para Camille, alimentícia para Auguste.

Lídia Jorge



 

Opiniões

 No Observador 


Chega: quem é a mãe da criança?

João Adrião

Se Ventura foi o pai criador do Chega, 
a esquerda, com o PS à cabeça, tem 
sido a mãe que o alimenta e faz crescer – 
ajudada ou incentivada por muitas amas 
na comunicação social.

Alexandre Borges

À alegria e ao orgulho por ver entre nós 
aquele que é o líder de facto da resistência
do mundo livre na guerra sobrepunha-se 
o desconforto da pergunta: que teríamos 
nós para oferecer a este homem?

Gosto tanto de ouvir

 Ah, As canções de Joaquin Sabina !




O'Neill (auto-retrato)



 

Corpus Christi


A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.

Para um maior esplendor da solenidade, desejava Urbano IV um Ofício para ser cantado durante a celebração. O Ofício escolhido foi composto por São Tomás de Aquino, cujo título era Lauda Sion (Louva Sião). Este cântico permanece até a atualidade nas celebrações de Corpus Christi.

Poeta dos amores

Joaquim Pessoa 



Descrito por David Mourão Ferreira como "o poeta progressista de hoje mais naturalmente capaz de comunicar com um vasto público" e por Fernando Dacosta como "herdeiro de linhas riquíssimas da cultura portuguesa, se afirmou pela luminosidade da sua escrita, pelo domínio da sua pintura, pela subtileza da sua inquietação, um autor irrecusável no panorama cultural português", numa sua crónica no Jornal de Mafra, Jorge C. Ferreira homenageou o "poeta dos amores".

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Autor do poema Amélia dos Olhos Doces, escreveu o texto que se segue, para a sua filha nascitura:




29 de maio de 2024

Citar Fernando Sabino

"Façamos da interrupção um caminho novo. Da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro!"

"O otimista erra tanto quanto o pessimista, mas não sofre por antecipação".

"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim".

"Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um".

"Não posso responsabilizar ninguém pelo destino que me dei. Como único responsável só eu posso modifica-lo. E vou modificar".


Fernando Sabino 



Bons poemas, boa música

 


 












Este disco inclui a belíssima canção: No Teu Poema 

Carlos do Carmo 


No teu poema

Existe um verso em branco e sem medida

Um corpo que respira, um céu aberto

Janela debruçada para a vida


No teu poema existe a dor calada lá no fundo

O passo da coragem em casa escura

E, aberta, uma varanda para o mundo


Existe a noite

O riso e a voz refeita à luz do dia

A festa da Senhora da Agonia

E o cansaço

Do corpo que adormece em cama fria


Existe um rio

A sina de quem nasce fraco ou forte

O risco, a raiva e a luta de quem cai

Ou que resiste

Que vence ou adormece antes da morte


No teu poema

Existe o grito e o eco da metralha

A dor que sei de cor mas não recito

E os sonos inquietos de quem falha


No teu poema

Existe um cantochão alentejano

A rua e o pregão de uma varina

E um barco assoprado a todo o pano


Existe um rio

O canto em vozes juntas, vozes certas

Canção de uma só letra

E um só destino a embarcar

No cais da nova nau das descobertas


Existe um rio

A sina de quem nasce fraco ou forte

O risco, a raiva e a luta de quem cai

Ou que resiste

Que vence ou adormece antes da morte


No teu poema

Existe a esperança acesa lá no fundo

Existe tudo o mais que ainda escapa

E um verso em branco à espera de futuro

Outra leitura

 Este livro está agora na minha ordem do dia.



Celebrar Camões


 
Nos 500 anos do seu nascimento. 


.





Lisboa cresce e muda

 

Há construção nova e novas áreas verdes.

Não aprecio os novos edifícios da Matinha, o que não importa: estão a preços de milionário. 

É hoje

Abre a Feira do Livro de Lisboa. 



Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Miguel Miranda

Por favor, diz-me quanto custa?

Esqueçam a ideia de que existem

 “envelopes diferentes” dos quais 

virão os recursos para cada despesa. 

Os envelopes podem ser muitos, 

mas os recursos saem sempre de

 uma forma ou outra dos 

mesmos bolsos. 



Fotografia do Colunista
Bruno Bobone

Porquê a Democracia Cristã

O país em que acredito é a que respeita 

a pessoa e a sua dignidade e igualdade

 e se preocupa com a sua unidade e o

 Bem Comum. Uma sociedade liberal 

na criação de riqueza e social na sua

 distribuição.

Folhas breves (poesia)





Somos folhas breves onde dormem

aves de sombra e solidão.

Somos só folhas e o seu rumor.

Inseguros, incapazes de ser flor,

até a brisa nos perturba e faz tremer.

Por isso a cada gesto que fazemos

Cada ave se transforma noutro ser.


Eugénio de Andrade 

Cervantes, ilustre


Cervantes passou 2 anos em Lisboa, Portugal, entre a primavera de 1581 e a de 1583.

O escritor tentava conquistar um lugar de favorito na corte do monarca espanhol, aproveitando os primeiros momentos do reinado português do rei. Rodeado pelos seus cortesões, Filipe terá trocado as roupas negras e a gola branca isabelina pelos tecidos ricos e coloridos de Lisboa. Foi neste ambiente de fausto e deslumbramento real que Cervantes chegou à capital portuguesa, onde se terá encantado pela cidade e pelas suas damas. Tendo escrito "Para festas Milão, para amores Lusitânia".

Cervantes descreve os lisboetas como agraváveis, corteses, liberais e apaixonados, embora discretos. A formosura das mulheres admira e apaixona.



28 de maio de 2024

Aguamanil

 





Jarro para despejar água sobre a mãos e sobre uma bacia, num acto de purificação. 

Na celebração da Missa dos católicos existe esta cerimónia. 

Outra versão com o mesmo fim é o conjunto de lavanda e gomil.



F. Espanca (poesia)