Estou em Londres. A cidade está suja e desmazelada, os canteiros e jardins abandonados às silvas, com a exceção dos jardins privados dos bairros de luxo como Chelsea ou Kensington. O dinheiro público é escasso. No domingo, houve a habitual manifestação Free Palestine, com os detidos do costume, os lenços, os cartazes. No dia anterior, houve um atentado terrorista numa sinagoga de Manchester durante o Yom Kippur, e a Polícia enervada com o retorno do terrorismo matou uma das vítimas. Um judeu, além de ter matado o terrorista. Há feridos graves. O antissemitismo cresce em Inglaterra, e com ele os dispositivos de segurança e proteção dos judeus, que se sentem abandonados.
Mais segurança significa gastos suplementares no orçamento, que neste momento enfrenta um défice de quase cem mil milhões de libras. A orgulhosa Grã-Bretanha está reduzida a beijar o anel de Trump e a continuar a vender património aos riquíssimos Estados do Golfo Pérsico. O Catar e os Emirados são donos de uma boa parte dos bens e equipamentos, a começar em Heathrow e a acabar nos cavalos da Família Real. Lá se vai a tradição, empenhada. Lá como cá, ou cá como lá.
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