6 de outubro de 2025

Israel

 


A visão de Netanyahu para uma “Esparta” no Médio Oriente: “Israel está mais isolado do que em qualquer outro momento da sua História”


As relações de Israel com todos os países, sejam aliados ou não, mudaram substancialmente. Quando Benjamin Netanyahu discursava, desafiante, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, há pouco mais de uma semana, uma assembleia-geral praticamente vazia ilustrou-o perfeitamente.

Após a saída de dezenas de delegados, vários comentadores israelitas consideraram que o discurso do primeiro-ministro israelita se dirigia aos dois únicos públicos que lhe importam : a sua base política em Israel e o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump. Antes disso, no início do mês, Netanyahu professou que os israelitas “não tinham escolha” senão habituar-se ao crescente isolamento, “pelo menos nos próximos anos”.

Foi assim, com a sombra de uma era de sanções e boicotes a pairar, que o governante ofereceu aos israelitas uma imagem: passar de “nação startup” (designação decorrente da sua proeza tecnológica) a Esparta do Médio Oriente. Israel terá de adaptar-se e tornar-se uma economia autossuficiente com “características autárquicas”, aspirando a tornar-se uma “super-Esparta” do século XXI, declarou.

Como a cidade-Estado da Grécia Antiga, Israel vê-se diante de um destino austero de isolamento autoimposto para preservar um estilo de vida militarista.

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