3 de dezembro de 2024

Na morada


Na morada dos meus silêncios se embriagam as noites

Esculturadas pela solidão mais instigante

Esfarelam todo sonho carcomido pela ilusão prostrada

Na soleira do tempo expectante e substantivo


Na morada dos meus silêncios concebo todo antídoto

Para as minhas tristezas deixando por envenenar o vulto

Das angustias inquiridoras pernoitando entre o tédio

Quase perfeito destes versos errantes e derradeiros


Na morada dos meus silêncios acudo a esperança

Fervendo entre os seios descalços do teu ser quais contagiáveis

E recriadas preces que decifro de forma tão insaciável


Na morada dos meus silêncios reencontraram-se os meus

Segredos...deixando no degredo da vida um imensurável prazer

Armadilhado nesta parafernália de sonhos que penso satisfazer


Frederico de Castro 👈👈

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