O DR. STRANGELOVE RUSSO O ex-presidente e ex-primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, pode ser tido, no mundo ocidental, como uma espécie de vilão – ou porta-voz dos vilões, no quadro da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Mas, numa diatribe contra os líderes ocidentais, que discutiram formas de apoio militar à Ucrânia e consideraram, de novo, a derrota russa como essencial para se alcançar a paz, Medvedev disse uma coisa óbvia: “A derrota de uma potência nuclear numa guerra convencional pode provocar uma guerra nuclear”. A ameaça deve ser levada a sério. Durante a crise dos mísseis de Cuba, em 1962, a URSS recuou – e foi humilhada – mas, nessa atura, a desproporção nuclear, face aos EUA, era esmagadora. Mais do que o desejo de salvaguardar a paz, foi esse fator que esteve na base da decisão dos líderes soviéticos. Hoje, não. O que "o dr. Strangelove russo" diz é o seguinte: “Podemos ser liquidados, mas vamos levar uns quantos connosco. |
Sem comentários:
Enviar um comentário