Se “the winner takes it all”, como cantavam os ABBA, o Chega de hoje “catches it all”. É que o partido de André Ventura está atualmente muito longe daquilo que era, pelo menos na sua génese fundacional. É possível que esse seja o grande erro de percepção daqueles que continuam a olhar para o partido como uma organização de protesto, apenas colada à extrema-direita.
O Chega, que esta quinta-feira apresentou o seu programa eleitoral - o Expresso está a acompanhar ao minuto as eleições legislativas -, já não é apenas isso. Metamorfoseou-se e será um partido catch all.
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Tomando as dores de várias franjas da população, Ventura consegue responder às suas inquietações com promessas impossíveis. Melhores pensões, salários mais altos, combater a corrupção, controlar a imigração, manter empresas estratégicas, baixar impostos, reverter leis progressistas e taxar grandes lucros: há propostas para os gostos dos eleitores de todo o espetro político.
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(Tal) ajuda a esbater as medidas mais polémicas que defende - e que poderiam afastar o eleitorado, algo que as últimas sondagens não parecem indicar.
João M. Salvador
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Tenho repetido desde que o Chega entrou para o parlamento que este partido não é “fascista”, mas sim camaleónico.
Lourenço Pereira Coutinho
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