O livro começa antes, na queda da monarquia e no advento da Primeira República, contextualizando a implantação do Estado Novo. Logo aí, em 1901, os primeiros refugiados foram bóeres vindos da África do Sul. Entre 1914 e 1918, a Grande Guerra provocou outra vaga de refugiados, assim como a Guerra Civil russa e o genocídio arménio. Seguiram-se os espanhóis na Segunda República, os refugiados judeus e não judeus dos anos 1930 e 40, e por fim aqueles que no rescaldo daquela tragédia ficaram sem pátria no pós-guerra, a vaguearem numa Europa despedaçada. “Portugal, um país pequeno, pobre e isolado, mas também o mais ocidental da Europa, esteve na rota de muitos destes refugiados ao longo de todo esse século, e os vários regimes políticos vigentes durante esse período viram-se confrontados com a presença de estrangeiros (...)”
Luciana Leiderfarb
Jornalista - Expresso
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