RECORTE DE IMPRENSA
O Chega apareceu na vida política a propagandear essa tal ‘hónestidade’. O seu líder fazia-se mostrar com uma vassoura para correr com os gatunos, os corruptos, todos os males sociais perante os quais a sociedade se mostra permissiva, e os outros partidos coniventes. Até que vieram os tempos ‘horribilis’ de Ventura e ele teve de subir a parada. Mas é uma parada difícil de subir.
No meio das tormentas morais, algumas criminosas, outras mais ridículas, em que o Chega se viu envolvido, o líder do PS aproveitou para numa declaração dizer algo que, certamente, não foi (bem) pensado. Afirmou Pedro Nuno que “O Chega perdeu qualquer moral para apontar o dedo a quem quer que seja”. Não por ser mentira; o que acontece é que o Chega não perdeu a moral, porque nunca a teve. E não a perde, porque usa aquele estilo de superioridade moral justamente como arma. Pior do que isso: os adeptos mais fiéis continuam a achar que o chefe lida bem com estes assuntos, e que os pecados dos seus deputados e representantes são algo de pessoal que em nada afeta o partido, ao contrário de qualquer pecado que vejam noutro partido, porque eles são o povo, e os outros as elites.
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