30 de junho de 2024

Soneto de Inês (poesia)






























Dos olhos corre a água do Mondego 
Os cabelos parecem os choupais 
Inês! Inês! Rainha sem sossego 
dum rei que por amor não pode mais.


Amor imenso que também é cego 
Amor que torna os homens imortais. 
Inês! Inês! Distância a que não chego 
Morta tão cedo por viver demais.

Os teus gestos são verdes os teus braços 
são gaivotas poisadas no regaço 
dum mar azul turquesa intemporal.

As andorinhas seguem os teus passos. 
e tu morrendo com os olhos baços. 
Inês! Inês! Inês de Portugal.

***

Poema - Santos, Ary dos (2017). «Obra Poética».

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