19 de agosto de 2025

Opina Miguel Sousa Tavares



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Recorte do Expresso

 



A sobrevivência da Ucrânia exige valores partilhados. O realismo até pode indicar o que fazer quando chegarmos ao nosso destino, mas são os nossos valores que traçam o caminho


Duff Cooper publicou a sua biografia de Talleyrand em 1932, entre duas guerras que ainda afligem a memória europeia. Era uma Europa que não esquecia Verdun e já pressentia a humilhação de Munique. Uma Europa que chorava o passado e temia o futuro. Uma Europa suspensa entre o orgulho e a ruína.

O livro não é apenas a narrativa de um homem. É espelho de sobrevivência, um tratado de paciência escrito por quem conhecia cada corredor da diplomacia e cada sombra dos salões de Paris. Cooper viu no bispo sem fé, no cortesão sem rei e no ministro sem escrúpulos uma lição amarga, mas necessária: a política externa raramente se guia por princípios incorruptos, ainda que dependa de valores comuns para impedir a catástrofe.

Essa permanência explica porque a obra resiste ao tempo. Não se limita a ser arquivo ou biografia: é um quadro vivo que expõe o apodrecimento do Antigo Regime, captura a vertigem da Revolução, revela a teatralidade de Napoleão e transporta-nos até Viena. Cooper não disfarça a sua simpatia pelo protagonista. Muitos chamaram-lhe traidor, mas ele insiste: sob a máscara do camaleão havia coerência. Moderar, reconciliar, conter os excessos que arruínam povos e impérios – eis o paradoxo que sustenta a grandeza do retrato. O aparente cínico era, afinal, o verdadeiro estratega.

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O peixe do dia

 🙏💛🙏



Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Rui Pedro Antunes

A perceção não tira férias

O fator-Algarve levou os populares a deixarem de ter

 os incendiários e autarcas como alvo e a elegerem

 o primeiro-ministro como o principal e insensível 

responsável pelo descontrolo dos incêndios.

Fotografia do Colunista
José Diogo Quintela

A solução de zero Estados

São pessoas que se irritam com os judeus 

porque têm a mania de se referir 

a si próprios como o “povo escolhido”. Preferiam que

fosse o povo encolhido, ali a aceitar abusos 

sem retaliar.

Fotografia do Colunista
Henrique Pereira dos Santos

Males que talvez venham por bem

Optando a sociedade e o país por se recusar 

a ter uma política séria de apoiar 

as actividades que hoje gerem combustíveis, 

ter ardido há poucos anos é a única 

esperança que nos resta nesses dias.

Nas capas de jornais




 

18 de agosto de 2025

Pouco crente, eu

Bem gostaria de estar mais confiante nos resultados destes encontros.



Expats



“VENDO OS PREÇOS E PENSANDO NO SALÁRIO DOS PORTUGUESES, SINTO QUE HÁ ALGO QUE NÃO BATE CERTO", DIZ MARIA VARGAS

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A chegada de novos residentes com um poder de compra muito acima dos locais transforma profundamente o território. Ainda que promova a revitalização urbana, nomeadamente através da reabilitação de zonas degradadas, este processo, conhecido como gentrificação, acarreta impactos negativos amplamente estudados, como a perda da identidade dos sítios, o agravamento do custo de vida, a subida acentuada do preço da habitação e o desalojamento dos antigos moradores, feito de forma direta, pelo aumento das rendas, ou indireta, por se sentirem excluídos e pressionados a sair.


“Trata-se de um tipo de imigração baseada na capitalização das vantagens económicas do destino, como regalias fiscais e baixo custo de vida, associada à procura de um estilo de vida e de um clima atrativos”, explica a socióloga Sandra Marques Pereira, investigadora do Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território do ISCTE. Mas o impacto negativo que inadvertidamente causam muitas vezes pesa-lhes. “A chamada ‘ambivalência dos gentrificadores’ é um fenómeno descrito em vários estudos e que é frequente entre expats e nómadas digitais. São pessoas com qualificações elevadas que têm consciência social e que sentem uma espécie de culpa ao perceberem o papel que têm na transformação dos sítios”, adianta.

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Hoje, no restaurante



 🙏🍀🙏

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Lara de Sousa Dantas

Quando a sirene tocar e ninguém responder

Diz-se que os heróis não vivem de aplausos e é verdade.

 Não vivem de palmas nem de posts no Instagram. 

Vivem, ou deveriam viver, de salários justos, 

carreiras estáveis, respeito e reconhecimento.

Fotografia do Colunista
Andreas Umland

A sede de expansão da Rússia pode ser satisfeita?

O desastre das negociações entre os EUA e a Rússia 

no Alasca ilustra um mal-entendido generalizado 

sobre os fatores que impulsionam a política 

externa de Moscovo.

Nas capas de jornais




 

17 de agosto de 2025

Merecida vitória


 ✌👍✌

Pedro Mexia apresenta-se

 Recorte de Imprensa 


Nasci em Lisboa, em 1972, tirei o curso errado e escrevo nos jornais (crítica literária e crónicas) desde 1998, no Expresso desde 2011. Sou um dos irrevogáveis ministros do programa anteriormente conhecido como Governo Sombra (SIC-N). Exerci em duas ocasiões funções públicas na área da cultura, primeiro na Rua Barata Salgueiro e agora na Calçada da Ajuda. Na Tinta-da-China publiquei dezena e meia de livros de crónicas, colectâneas de poemas e volumes de diário, géneros de pujante sucesso comercial. Coordeno uma colecção de poesia, na mesma editora, e, do lado português, a edição em língua portuguesa da revista Granta. Sou pessimista porque não tenho alternativa.

unos ojos abiertos


La suya era una casa sencilla de paredes blancas y un

tejado de amparo abierto como las manos que en su

cobijo redimían de todas las afrentas de los días y

su frío; una casa de anchuras para recoger el campo

y unos ojos abiertos a la calle para no olvidar la

anchura del mundo ni el futuro. Su casa, a su imagen

y semejanza, era buena.


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Él le dio lo único que le dio la vida, dos hijos y toda

la alegría, toda la soledad, todo el miedo, todo el

dolor, todo; más esfuerzo.

Reféns, qual prioridade?


 

Avisar


 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Miguel Morgado

As razões de um Tribunal Constitucional

Os juízes conselheiros têm de apresentar publicamente 

as razões da sua decisão, que não deixa de ser 

soberana. A soberania confere legitimidade à 

decisão; não confere rectidão ao seu conteúdo.

Fotografia do Colunista
Miguel Tamen

O Triunfo dos Desenhos Animados

O modelo dos desenhos animados clássicos deu por fim 

aos noticiários contemporâneos uma racionalidade 

económica que explica o seu prestígio e a sua duração.

Fotografia do Colunista
Tiago de Oliveira Cavaco

O charme popular irresistível do Gospel brasileiro

O chamado Gospel brasileiro entra em cena com uma 

personalidade muito particular. Nada nem ninguém 

que chega ao Brasil fica na mesma.

Fotografia do Colunista
Renato Daniel

Será que estamos prontos para ter esta conversa? 

Há países onde não se protesta por pagar impostos… 

porque se vê claramente para onde vão. Por cá, 

pagamos muito, vemos pouco, e somos mal tratados

 pelos serviços públicos.

16 de agosto de 2025

Verdades



 

Já vi tarde

Esta notícia é de dia 13. 

Li-a só hoje, quando já tinha comido queijo.


👇👇

Comi um pedacinho deste

E soube muito bem.

Ciclismo


 
Venceu Tivani
Azarado foi Marti

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Passam pelas terras das frutas:




A sua produção encontra-se abrangida por uma denominação de origem protegida e fica situada na região do Oeste, pelo que passou a ter o nome de pera-rocha-do-oeste. No Brasil ela é conhecida como pera-portuguesa.

Sabedoria


 

Visitas ao blogue


 

Opiniões e mais

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Rui Valério

Quando as raízes são esquecidas…

Sem princípios que transcendam o imediato, 

as decisões tornam-se reféns do cálculo e do 

interesse momentâneo. É imprescindível 

reencontrar as raízes da Europa, a 

identidade europeia.

Fotografia do Colunista
Alberto Gonçalves

“Palestinianismo”, essa doença infantil

O que para a esquerda é principalmente pretexto, 

para certa “direita” é absolutamente desígnio, e 

a oportunidade de exercer com à vontade o velho 

horror ao judeu.


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Dias de museus


Visitar museus em qualquer mês, excepto em Agosto  -  há filas grandes, muita afluência, geralmente. 

Bonito e variado