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A América justa e livre, que nos guarda do mal, e do holocausto nuclear, e representada por um conjunto de atores sérios e uma Presidente com cabeça- -tronco-membros, tornou-se uma ideia ridícula. Essa América, que nunca existiu, não passa de pura fantasia. Sem correspondência na realidade. Em vez de Angela Bassett e de militarões compostos na farda e na autoridade Pentagónica temos uma banda de palhaços. Imaginem o fulgor histriónico de um Pete Hegseth, uma Tulsi Gabbard, e aquela rapaziada que usa emojis com músculos para trocar umas ideias sobre o bombardeamento dos hutis. Não é sério.
A “Missão: Impossível” tornou-se ainda mais impossível. E improvável. Pensamos na América como heroína destes filmes e sobrepõe-se logo a cabecinha de Trump aos berros a ameaçar tudo e a gritar que todos roubam a América, enquanto obriga os pobres vietnamitas a construir um campo de golfe Trump para escaparem das tarifas. Não é material para séries de heróis. Esta gente não salvará a Humanidade.
A solidão de Ethan Hunt, como a velhice, é inescapável.
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