Entre 1957 e 1974, cerca de 900 mil portugueses foram para França. Mais de meio milhão ilegalmente. O Bidonville de Champigny tinha muitos. Hoje, chamamos criminosos aos que chegam sem papéis e vivem em barracas. Olhamos de cima para os que nos limpam as casas e os escritórios, tratam dos velhos, erguem os prédios, pavimentam as estradas, colhem os alimentos. Como tantos que esquecem de onde vieram, somos especialmente cruéis na nossa superioridade.
Diz o povo, na sua infinita sabedoria, “não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu”. O povo é que sabe.
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