24 de setembro de 2025

23 de setembro de 2025

Ao luar



Respiro o vento, e vivo de perfumes
No murmúrio das folhas de mangueira;
Nas noites de luar aqui descanso 
e a lua enche de amor a minha esteira.

Álvares de Azevedo

O Presidente disse

 O Sr. Presidente hoje falou bastante. 

Ucrânia pode recuperar todo o território e NATO deve abater aviões russos, diz Trump

Presidente dos EUA culmina dia de críticas a Moscovo nas Nações Unidas e diz que Kiev está em posição privilegiada para explorar fragilidades russas.

Um poema


 

Veremos


Refer. próxima reunião Trump/Zelensky 

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Esta será a quinta vez que ambos os líderes se encontram pessoalmente. A última aconteceu na Casa Branca em agosto, quando Trump recebeu Zelensky, acompanhado de uma delegação de líderes europeus, logo após a cimeira no Alasca com Vladimir Putin.

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É que, no entender do presidente norte-americano, a chave para um acordo de paz com a Rússia está na pressão económica, nomeadamente impondo tarifas e sanções secundárias aos países que compram petróleo a Moscovo - uma das principais fontes de receita do Kremlin, fundamental para alimentar os seus esforços de guerra.

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ONU - Assembleia Geral


Trump usa Assembleia Geral para criticar ONU e pedir Nobel da Paz para si mesmo

Presidente dos EUA afirmou que organização tem 'palavras vazias, e palavras vazias não resolvem guerras'

Por Caio Saad 

... 


Leia mais em:

 Veja AQUI 👈👈

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Ouvi os discursos do Presidente do Brasil e também o do Presidente dos EUA. 

Contrastantes. 

🤔😵‍💫🙂‍↔️

Leitores do blogue




 

China pronunciou-se

 GUERRA NO MÉDIO ORIENTE

"Gaza pertence ao povo palestiniano e é parte inalienável do seu território": Pequim reforça apoio à solução de dois Estados.

"Devemos defender firmemente a solução de dois Estados, fomentar um maior consenso internacional e rejeitar qualquer ação unilateral que fragilize os seus alicerces", afirmou o porta-voz, sublinhando ainda que "a paz não se pode alcançar pela força" e que a violência "não pode comprar segurança".

Guo acrescentou que a China "está disposta a apoiar firmemente a justa causa do povo palestiniano para restabelecer os seus legítimos direitos nacionais e realizar esforços incansáveis por uma solução pronta, integral, justa e duradoura para a questão palestiniana".

A purga

 


Posso ser despedido por este texto?
Há duas coisas das quais Donald Trump seguramente não gosta: que o critiquem e que façam piadas à sua custa. No primeiro mandato, já tínhamos assistido a todo o tipo de ataques ao jornalismo, e à sua função de escrutínio, na tentativa de o descredibilizar. A qualidade do jornalismo depende da qualidade da democracia, mas o Presidente dos EUA está mais empenhado em destruir ambas do que em as fortalecer. E não vai parar.

No Público 
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Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Miguel Santos Carrapatoso

Quanto mais a luta aquece, mais o PS quer convergir

Chamar 'idiota útil' a João Ferreira pode dar 

algum consolo, mas não resolve a contradição:

 um partido tem uma relação tão utilitária 

com a 'esquerda', não se pode queixar de ir

 ficando pendurado.

Fotografia do Colunista
José Diogo Quintela

Cancelamentamos, mas os outros que definam 

discurso de ódio

Nos EUA dizem 

“The tables have turned”. No Minho diz-se “Virou!” 

No recreio, agora é a minha vez de brincar 

com o aparato censório!

Fotografia do Colunista
Tiago Moreira de Sá

O Rei Lear na ONU: a tragédia do reconhecimento da Palestina

A lição de Shakespeare – a de que a fraqueza

 não tem defesa contra a sua própria vocação,

 acabando devorada por si mesma – encontra

 eco nas páginas das relações internacionais 

modernas.

22 de setembro de 2025

Listar os inimigos do povo

 


A criação e manutenção de listas de inimigos políticos como ferramentas de repressão política não é nova, mas é sinal de deriva autoritária a que nenhum regime nem ideologia está imune.

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As listas contemporâneas de “inimigos do povo” mostram que a visão convencional da Guerra Fria — que associa automaticamente Ocidente a democratização e socialismo a autoritarismo — sempre foi frágil. A tentação de vigiar e silenciar dissidentes não conhece fronteiras ideológicas. A defesa da liberdade académica e de expressão exige hoje o mesmo que exigia em 1957: coragem institucional para proteger o dissenso contra as pulsões autoritárias do momento.


Pôr do sol

 Na Zambujeira do Mar



Outono, bem-vindo


 No outono em Portugal, que vai de 22 de setembro a 21 de dezembro, ocorre uma transição entre o verão e o inverno, com dias mais curtos e noites mais longas, temperaturas a descerem gradualmente e o regresso das chuvas. A natureza reage com a queda das folhas das árvores de folha caduca, que ganham cores vibrantes antes de caírem, e com a migração de aves. Também é a época de colheitas de diversas frutas e um período de maior incidência de ventos e nevoeiros. 

Wikipédia 


Miguel Sousa Tavares opina

 


Andamos todos entretidos nas nossas vidas, tratando do que temos de tratar e discutindo outras coisas, umas importantes, outras não tanto, e não queremos entender ou rendermo-nos à evidência de que, num mundo à parte, um escol de dirigentes políticos endoidecidos se prepara para nos servir uma guerra mundial ao virar da esquina. Uma guerra cujas razões ou inevitabilidade não enxergamos e cujas consequências nem sequer conseguimos imaginar em todo o seu horror.

Não, em vida da minha geração o mundo nunca esteve tão perto da guerra. Não o mundo cuja forma habitual de vida é a guerra — em África, no Médio Oriente ou em disputas religiosas ou tribais por esses tristes trópicos. Mas sim o mundo inteiro, a Humanidade como a conhecemos. Em 1979, a União Soviética, de Brejnev, e o seu sinistro séquito de personagens resolveram instalar mísseis de longo alcance nos limites dos países da Cortina de Ferro, os SS-20, apontados às principais capitais europeias. A NATO convocou uma cimeira de urgência para o seu quartel-general em Bruxelas e eu estive lá a cobrir a reunião para a televisão portuguesa. Foi a célebre reunião em que milhares de manifestantes, vindos de vários pontos da Europa, gritavam “better red than death”, instando os dirigentes da ­Aliança a não responderem à ameaça soviética. Eu, porém, torcia intimamente para que respondessem, e foi o que fizeram: a instalação recíproca dos Cruises e Pershings II americanos apontados ao Leste não só fez re­cuar a ameaça iminente como, a prazo e em consequência, conduziria à implosão da URSS. Gosto de recordar este episódio porque há quem se esforce para nos convencer de que agora estamos exactamente na mesma situação. Mas é falso: primeiro, já não existe a União Soviética, mas sim a Rússia — que, mesmo que alimente veleidades imperiais, não se move por ideologia, mas por interesse nacional, o que é mais racional. Em segundo lugar, a NATO tem hoje 32 e não 12 membros e deixou há muito de ser uma organização militar estritamente defensiva para passar a ser o longo braço armado do cerco à Rússia. E, finalmente, em 1979 os russos tinham-nos na mira de novos mísseis nucleares de longo alcance, enquanto hoje o que leva o primeiro-ministro polaco a declarar que estamos à beira da Terceira Guerra Mundial foram 19 drones, de um total de 450, que, num ataque à zona ocidental da Ucrânia, ultrapassaram a fronteira e caíram no lado polaco, danificando um telhado de uma casa e um tejadilho de um carro. Um “teste”, uma “provocação” ou, melhor ainda, um “ataque”, como logo o classificaram todos os dirigentes nacionais da NATO, o seu secretário-geral e a imprensa que desde a invasão da Ucrânia os segue acriticamente, e que é quase toda. Obviamente, a explicação de um mero erro de cálculo não podia convencer quem se esforça para nos convencer todos os dias de que estamos à beira da guerra e que, se não nos endividarmos perante as empresas de armamento americanas, Putin passará o próximo Verão, não na Crimeia, como Tchékhov e tantos outros russos célebres, mas na Côte d’Azur ou na Comporta.

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Sol e sabedoria







Samba

 OPINIÃO

O samba é cantado na língua do colonizador, e qual o problema?

Meu tataravô paterno chamava-se Pedro, nem primeiro, nem segundo, apenas um homem simples, árabe-ibérico, nascido na fronteira de Portugal com a Galícia. Minha tataravó materna chamava-se Kuiãn, uma mulher da tribo dos Kaingang do Sul do Brasil, que bebia Kiki Koj, bebida fermentada colocada no tronco escavado da araucária em cerimonial para homenagear os mortos.

O samba é cantado na língua do colonizador, e qual o problema?
Não há sabão de coco que vá lavar da minha pele a minha ancestralidade.

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Na cultura Kaingang se valoriza a ancestralidade, com a liderança e a transmissão de conhecimento e tradições sendo passadas através das gerações. Essa era a cartilha em minha casa.

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No PÚBLICO 







Nas capas




 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
José Manuel Fernandes

Deixem de conspurcar a palavra genocídio

A guerra em Gaza é uma tragédia, como são 

todas as guerras, mas não é um genocídio. 

Invocar esse crime máximo não é apenas 

errado, é uma forma canalha de explorar 

milenares preconceitos anti-semitas.

Fotografia do Colunista
Patrícia Fernandes

O mal-estar da civilização

Ignorando as lições dos antigos esquecemos 

de que nos cobrimos, via disciplina e regras, 

com as vestes frágeis da civilização. Pior 

do que tudo, foram-nos ensinando que tudo 

o que desejamos é legítimo

Fotografia do Colunista
José Ribeiro e Castro

Israel/Palestina – a escolha do inferno

Os campeões do “genocídio” visam apenas, 

como já se viu em várias circunstâncias, 

difamar e encurralar moralmente os judeus 

tentando justificar retrospetivamente o Holocausto, 

uma mistificação abjecta.

21 de setembro de 2025

Do século XX

Era assim a Sesimbra do século passado. 




Saber e ignorar


 

Leitores do blogue

 Últimas 24 horas 


Diz este filósofo

 


No seu último livro publicado em Portugal, Desejar Desobedecer, o filósofo francês Georges Didi-Huberman reúne reflexões sobre o que ainda nos pode levantar contra o mal e a dominação.

“Os judeus que sabem o que se passa em Gaza e nada fazem esqueceram a sua história”
que ainda nos pode levantar contra o mal e a dominação? O que ainda nos pode encolerizar ética e politicamente? O que devemos fazer com a História? Resgatá-la do esquecimento? Ir em seu (nosso) socorro? Estas são algumas das questões que atravessam Desejar Desobedecer, livro de Georges Didi-Huberman, recentemente lançado. 

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No Público 
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Cedo erguer


 "deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer".

Que fotos !





 🏆grandes artistas, os autores 🐚

Nas capas




 

20 de setembro de 2025

Coerência


 

Leitores do blogue


 

A minha culinária

BBB (bom, bonito, barato)

Caldeirada de tintureira com tomilho. 



Pacheco Pereira opina

 


Os novos judeus (do Holocausto)

Qualquer pessoa que saiba História é muito prudente nas comparações da actualidade com os anos trinta do século passado. Ela tem o efeito perverso de ocultar o que é novo e permitir comparações enganadoras, e isso prejudica o conhecimento da realidade e torna a acção ineficaz. Muita coisa mudou nestes anos, mas há mecanismos que são os mesmos e há um fundo de repetição, seja, como escreveu Marx, primeiro como tragédia, depois como comédia. O problema é que, muitas vezes, a comédia torna-se tragédia, e como, contrariamente ao lugar-comum, nunca se aprende com a história, estamos sempre a apanhar com variantes da Lei de Murphy: se pode correr mal, é muito provável que corra mal. Mesmo assim, mais vale saber com que linhas nos cosemos, ainda que elas nos cosam mesmo.

Voltemos aos anos trinta, de ascensão do fascismo e do nazismo, que desembocam na terrível Segunda Guerra Mundial. Entre as coisas que são parecidas, encontra-se o clima europeu do acordo de Munique, que, em conjunto com o Pacto Germano-Soviético, abriu caminho para a guerra. Na altura, entregou-se a Checoslováquia e partilhou-se a Polónia. Agora, com a traição americana e a moleza europeia, quer-se obrigar a Ucrânia a render-se em nome da "Paz", com todas as aspas.

E há muito, mas mesmo muito, de semelhante na demonização dos imigrantes nos tempos de hoje. Sem dúvida que há problemas sérios com a imigração e muitos erros cometidos no passado e outros no presente ao lidar com esse processo. Mas não são os problemas reais da imigração, que são problemas de governação, sociais, religiosos e culturais, que tornam os imigrantes o centro de um discurso populista, racista e nacionalista, é outra coisa. E é essa outra coisa que permite a comparação com os anos trinta.

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No PÚBLICO  👈👈

Surpresas


A vida reserva-nos sempre surpresas ...

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Trame, planeje, calcule, postule, o quanto quiser. Sempre existirão surpresas à sua frente. Conte com isso!

Henry Miller

Já se nota bem

Nota-se bem que o Outono está chegando.