OPINIÃO
O samba é cantado na língua do colonizador, e qual o problema?
Meu tataravô paterno chamava-se Pedro, nem primeiro, nem segundo, apenas um homem simples, árabe-ibérico, nascido na fronteira de Portugal com a Galícia. Minha tataravó materna chamava-se Kuiãn, uma mulher da tribo dos Kaingang do Sul do Brasil, que bebia Kiki Koj, bebida fermentada colocada no tronco escavado da araucária em cerimonial para homenagear os mortos.
O samba é cantado na língua do colonizador, e qual o problema?
Não há sabão de coco que vá lavar da minha pele a minha ancestralidade.
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Na cultura Kaingang se valoriza a ancestralidade, com a liderança e a transmissão de conhecimento e tradições sendo passadas através das gerações. Essa era a cartilha em minha casa.
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