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Há um pássaro azul no meu peito
que quer sair
mas sou demasiado duro com ele,
eu digo, fique aí, não deixarei que ninguém o veja.
há um pássaro azul no meu peito que
quer sair
...
...
...
Charles Bukowski
Como um rio correm os dias e este espaço é uma margem onde deito pedrinhas à água.
Perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola,
a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são;
e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio,
hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo,
embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha...
Há um pássaro azul no meu peito
que quer sair
mas sou demasiado duro com ele,
eu digo, fique aí, não deixarei que ninguém o veja.
há um pássaro azul no meu peito que
quer sair
...
...
...
Charles Bukowski
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