Não brilha o sol,
Nem póde a lua
Brilhar na sua
Presença d'ella!..
Nenhuma estrella
Brilha deante
Da minha amante,
Da minha amada!
A madrugada
Quanto não perde!
O campo verde
Quanto esmorece!
Quanto parece
A voz da ave
Menos suave
Que a sua falla!
.........
Nunca do fundo
Do oceano
Foi braço humano
Colher tão linda
Perola ainda,
Como a formosa
Candida rosa
Que eu amo tanto!
Não sei de santo
Que ha no seu gesto!
No ar modesto
D'aquelle todo...
N'aquelle modo...
Que tudo esquece,
E nos parece
Estar no céo!
João de Deus,
in 'Ramo de Flores'
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Enlevo, é o que me despertam certas imagens. Felizes os que mantêm a chama acesa por toda a vida.
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