Poetisa da grande solidão
Se um dia alguém perguntar
Quem sou eu, não diga nada
Ou diga apenas que eu sou
O silêncio da madrugada
Ou diga que sou a brisa
Que nunca ninguém sentiu
Diga que sou uma canção
Que nunca ninguém ouviu
Diga que eu sou uma flor
Em que ninguém reparou
Diga que sou o ardente sol
De que ninguém sentiu o calor
Diga que sou brilhante lua
De que ninguém viu o brilho
Diga que sou uma sereia
De que ninguém ouviu o canto
Diga que sou o grão de areia
Que nunca ninguém pisou
Diga que sou uma princesa
Que o seu príncipe nunca achou
Diga que sou um poema
Que ninguém interpretou
Sou aquela que na multidão
Sempre sentiu solidão
Autoria desconhecida
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