Entre o final da década de 1950 e o princípio dos anos 1970, cerca de um milhão de portugueses emigrou para França, impelidos pela pobreza endémica do País governado pela ditadura do Estado Novo. A maior parte instalou-se em bairros de lata que rodeavam Paris, chamados de Bidonvilles, vivendo em condições deploráveis. Esta vaga de emigrantes enfrentou graves problemas sociais e de estigmatização. Muitos tinham partido de Portugal de forma ilegal e era também indocumentados que trabalhavam em França, o que os sujeitava a todo o tipo de exploração e de discriminação. Evidentemente, esta inconveniente verdade da nossa história contemporânea é calada pelo Chega de André Ventura, que não se cansa de agitar a bandeira demagógica da anti-imigração, com espantosos resultados eleitorais num povo que tem hoje 2,1 milhões dos seus concidadãos espalhados pelo planeta. Só por esta tremenda incongruência, para dizer o mínimo, faz todo o sentido destacar que hoje se assinala o Dia Internacional dos Migrantes. *** |
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