4 de junho de 2024

Muito depois (poesia)


Quando, muito depois, se abre um livro,

tudo o que ele guardar está ressequido,

flor, fotografia, bilhete ou anotação privada, 

aí deixados para que no imediato 

não nos esquecêssemos 

e no futuro não nos fôssemos lembrar.


Pedro Mexia, Em Memória

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