21 de dezembro de 2025

T. Edison



 

Violeta (poesia)

Apesar de todo este tempo ainda sigo os teus conselhos:

Uso a camisa que mais gostavas.

Relembro sempre o teu aniversário

e sei ter passado os meus dias a escrever sobre ti.

Havia sempre um farol aceso quando dizias a palavra nós.

Ainda recordo a última vez em que ouvi o meu nome dito por ti.

Estamos sempre a esquecer possíveis futuros.

Segredaste-me ao ouvido por uma única vez:

– Dura o tempo do violeta nos céus de verão.

Pedro Pinto Basto 

Assunto relevante


Na CNN Portugal 

Ricardo Costa opina


poucas frases mais batidas e inúteis do que o velho “temos o que merecemos”. Mas a semana mais decisiva da História recente da União Europeia mostra-nos essa banalidade por qualquer ângulo.

Três anos depois do início da guerra na Ucrânia, da obrigação de mudar de política energética e de Defesa, e um ano depois da reeleição de Donald Trump continuamos hesitantes e divididos, enquanto Moscovo, Pequim e Washington se realinham nas suas esferas de influências.

Espero que a vigésima terceira hora nos traga boas ou razoáveis notícias. Mas a imagem de um gigante enredado na sua teia já ficou clara. E todos sabemos que, infelizmente, emergirá na próxima crise ou decisão crítica.

O caso do acordo de comércio com o Mercosul é o exemplo mais absurdo. Negociado há duas décadas (!), ganhou uma importância vital com as tarifas e incerteza dos EUA. Apesar de ser vital, por criar uma zona gigante de comércio livre, alguns Governos europeus tremem com o que podem ser prejudicados, em particular na pecuária.

O essencial do “problema” europeu está na indisponibilidade para encarar perdas. Qualquer transformação energética, militar, comercial ou produtiva tem perdas. Mas tem também ganhos e é nesse deve e haver que temos de nos concentrar. Um acordo comercial com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai tem enormes ganhos para a UE.


***

No Expresso 

Lutando contra moinhos de vento

 

No capítulo VIII do livro há um episódio emblemático em que Dom Quixote, ao chegar a uma planície, confunde cerca de trinta moinhos de vento com gigantes, decidindo enfrentá-los sozinho.

Sancho, seu escudeiro, ainda tenta alertá-lo da ilusão, mas Quixote insiste e parte para o ataque a um dos moinhos, sendo derrubado juntamente com seu cavalo Rocinante por uma das pás.

Em seguida, Sancho vai ao socorro do seu mestre e o questiona sobre como pôde cometer tamanho engano. Quixote responde, insistindo na ilusão, que aquilo era obra do mago Friston, que tinha transformado os gigantes em moinho para impedir sua glória.

Esse episódio é a origem da expressão "lutar contra moinhos de vento", no sentido de atacar inimigos imaginários ou de realizar esforços em vão.

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Quantas vezes não andamos pela vida, como D. Quixote, a lutar contra moinhos?

Mãe de Deus (Θεοτόκος)

  



Cada domingo do Advento tem uma figura central. 

No primeiro domingo é o Profeta Isaías: Considerado a figura da "espera" por excelência, cujas profecias se destacam nas leituras, anunciando o Messias.

Hoje, último domingo deste tempo litúrgico, a figura central é Maria, Theotokos, (em grego: Θεοτόκος) - é um título teológico para a Virgem Maria que significa "Mãe de Deus" ou "Aquela que deu à luz Deus ".

Wikipédia 

Chegou o Inverno


 E chegou com frio e muita neve.




Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Tiago de Oliveira Cavaco

Quem é forte e quem é fraco

Distinguir fortes de fracos é um método do 

projecto de consertar o que está estragado 

no mundo. Nesse refazer de todas as 

coisas o Todo-Poderoso é um bebé 

para que os poderosos não se armem 

em adultos.


Fotografia do Colunista
João Scarpa Simões

O Herói de Sydney combateu identidade com instinto 

Quando o mal deixou de ser um conceito 

e passou a ser um homem armado à sua 

frente, ele respondeu com instinto de 

responsabilidade, não com ideologia.

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Nas capas




 

Anton Tchekhov




 

20 de dezembro de 2025

O Tempo


 "Para entender o valor de um minuto, pergunte a quem perdeu o comboio".

Provérbio Chinês 

Bolo-rei

Hoje abriu, cá em casa, a epoca do bolo-rei.

🎉🎀🙏


Mundo estranho





 Recortes do EXPRESSO 

Um poema

 



La historia de nosotros no tiene límites

Puede fijarse en el grano de arena

O derramarse como la tarde

En Normandía

Donde Rodrigo juega en la espuma

Y busca caracolillos


Pienso entonces que mi cabeza pudo haber florecido

En océanos prisioneros en las octavas de Camoés

Sólo me tortura la palabra

Sonora hermana de la espuma

Enemiga de los sueños

Aliada de las derrotas

Para el poeta alado

Para el santo loco


Roberto Armijo

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Recorte de Imprensa


***

Envelhecer foi um caminho pacífico para Ondina, que percorre as páginas da sua vida com a naturalidade que a idade lhe conferiu, as mãos abraçadas no colo, qual contadora de histórias. Mas a velhice não trouxe só conhecimento, na bagagem vinham também perdas: de familiares e de amigos, de autonomia e de equilíbrio, de força, do seu espaço… E as memórias parecem vir sempre agarradas às lágrimas.

***

No jornal Público 

Opiniões

 No Observador 

Fotografia do Colunista
Paulo Ramos

Breve anatomia da luz

Talvez a expectativa mais profunda 

não esteja na chegada da criança, 

mas no reconhecimento de que o 

mundo sempre esteve à espera, 

sem que o soubesse.


Fotografia do Colunista
José António Rodrigues do Carmo

Oikofobia: a virtude moral de cuspir na própria casa

Para Scruton a oikofobia é a aversão à casa, 

à cultura, às instituições que nos formaram. 

Uma patologia típica de civilizações 

excessivamente bem-sucedidas, onde o 

conforto substituiu a sobrevivência.

Fotografia do Colunista
Jaime Nogueira Pinto

Quer parar a extrema-direita? O The Economist diz-lhe como

Onde se unem as cabeças que compõem o 

sinistro monstro da capa do The Economist? 

Na centralidade do valor da nação e na 

defesa da soberania, na importância 

de resistir à invasão de culturas estranhas.

Nas capas



 

19 de dezembro de 2025