O País tem vivido os últimos dias sob o sobressalto das escutas efetuadas, transcritas, validadas - e “libertadas” (ilicitamente) pelo Ministério Público, ou por alguém com acesso às provas da Operação Influencer (que não os advogados, eliminados da lista de suspeitos, por nunca terem tido acesso a tais transcrições). Da Circulatura do Quadrado (histórico programa de análise política que começou, ainda nos anos 80, com outro nome, na TSF, com Carlos Andrade, Pacheco Pereira, José Magalhães e Nogueira de Brito) ao comentário dominical de Marques Mendes, toda a gente se sentiu incomodada.
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O sobressalto cívico agora instalado pode muito bem ser o começo do fim da falta de escrutínio sobre a competência de alguns procuradores do MP, que atuam em manifesta roda-livre. Desta vez, o MP terá perdido a vergonha, nos timings óbvios das fugas de informação – e os setores da sociedade civil também perderam a vergonha de denunciar em voz alta a agenda política do MP.
Filipe Luís
VISÃO DO DIA
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