7 de agosto de 2024

O Pinhão (Douro)

O PINHÃO


Lá em baixo, na curva do rio, vazadouro e fornalha, está o Pinhão.


Belo! belo! dirá o turista. E o burocrata: progressivo.


Mas o Pinhão não é nada disso, é mais do que isso, não é nada


do que mostram os documentários de cinema ou qualquer 'Life' comercial.


Pinhão!, capital do suor, os teus caminhos são pedaços de sangue coagulado.


ANTÓNIO CABRAL Poemas Durienses (1963)


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"As duas notas mais fundas da poesia de António Cabral neste livro vão para a terra transmontana, dramática e revolta, e para o homem, sobretudo o humilde, que por lá moireja e sua as estopinhas. A poesia da natureza agita-a uma sintaxe bem articulada, e patente emoção dá frémito aos poemas, mas o maior mérito vai para as composições onde surge o homem e o seu drama, e a expressão se condensa.” 

– João Maia

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