“Pensava eu”, escreveu, em 2015, José Pacheco Pereira, “que havia algum incómodo e vergonha em pedir “cunhas”, mas parece tão natural que não espanta quem pede, nem quem a recebe. Pedir uma “cunha” é colocar-se numa situação de ficar a dever um favor e presumia eu que havia um factor de humilhação em fazê-lo. Mas isso não impede que haja pessoas que metem “cunhas” a seu próprio favor como quem respira. Aliás a generalização da “cunha” a todos os níveis sociais como uma prática não só consentida como aceite com normalidade, é um dos factores mais decisivos para a baixa qualidade dos serviços públicos e da burocracia portuguesa”.
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Que eu tenha reparado não mudou muito, de 2015 até hoje ...
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"Sabe que mais, caro leitor? Não estude, corrompa, como aconselhava o Eça, nas Farpas".
Carlos Rodrigues Lima
Na Visão do Dia
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